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Série Bebê Rena fez vítima de racismo acusar stalker: “Fiquei besta”

Personal trainer de 34 anos começou a receber ataques racistas, por meio de depósitos via Pix, após parar de sair com empresária

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Reprodução/Arquivo Pessoal/Divulgação/Netflix
Montagem feita com foto de homem de cabelos curtos, cavanhaque, branco, e jaqueta amarela. Ao lado dele, depósito de pix, com a frase "fugiu do circo gorila", com erros de português e o retrato de mulher branca, de cabelos longos e pretos - Metrópoles
1 de 1 Montagem feita com foto de homem de cabelos curtos, cavanhaque, branco, e jaqueta amarela. Ao lado dele, depósito de pix, com a frase "fugiu do circo gorila", com erros de português e o retrato de mulher branca, de cabelos longos e pretos - Metrópoles - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/Divulgação/Netflix

São Paulo — Um personal trainer de 34 anos criou coragem para registrar um boletim de ocorrência contra a empresária Lilian Mohamad Atiê, de 35 anos, após o rapaz assistir à série Bebê Rena, da Netflix.

Como mostrado pelo Metrópoles, ele é alvo de ataques racistas, feitos por meio de depósitos de R$ 0,01, via Pix, pelo menos desde março. As injúrias raciais, como “macaco” e “gorila”, têm como origem a conta bancária da empresária, dona de uma loja de acessórios de celular no centro de São Paulo. Ela foi procurada, mas não se manifestou. O espaço segue aberto.

“Olha, vou falar a real. Eu só me encorajei a tomar uma medida sobre isso, de verdade, depois que eu assisti àquela série Bebê Rena. Mano, assisti essa série, aí que me deu coragem, fiquei besta. Falei, p* que o p*, tem gente que é louca mesmo, que faz maior inferno na vida da outra. Aí decidi fazer alguma coisa e não aceitar mais isso”.

Os depósitos com os ataques começaram a ser feitos após o personal bloquear Lilian de todas as redes sociais. Essa foi a única forma que ela teve disponível para perseguir o rapaz. Segundo ele, que pediu para não ter o nome publicado, os dois se relacionaram, sem compromisso, por dois meses. Após interromper os encontros esporádicos, o professor afirmou que sua vida “virou um caos“.

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Empresária enviou foto do carro de vítima, com ameaças
Lilian postou foto, ao em piscina, logo após enviar mensagem racista à vítima, no dia 17/6
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Empresária enviou foto do carro de vítima, com ameaças

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Série e vida real

Para quem não conhece a série Bebê Rena, ela conta a história real do comediante Richard Gadd, que vive uma experiência angustiante com uma stalker. Na vida real, durante seis anos, ele recebeu mais de 41 mil e-mails, 350 horas de mensagens de voz, além de 744 tweets.

Com origem no inglês, a palavra stalker foi usada por séculos para designar o caçador que persegue sua presa, ou seja, um animal selvagem.

O termo mudou de uso, na década de 1990, quando tabloides nos Estados Unidos começaram a usá-lo para designar fãs obcecados por celebridades.

O comportamento virou tema de estudo, também na década de 1990, para classificar, na esfera criminal, homens que perseguem suas ex-companheiras de forma obsessiva, após o término de relacionamentos.

Crime no Brasil

Desde 2021, “stalkear” uma pessoa passou a ser considerado crime, por meio da Lei 14.132, que alterou o Código Penal.

A lei afirma ser crime perseguir reiteradamente alguém, por qualquer meio, ameaçando a vítima, a integridade física e psicológica dela, restringindo-lhe a capacidade de locomoção e invadindo ou perturbando sua liberdade ou privacidade.

Antes de 2021, perseguir alguém era considerado uma contravenção penal, com pena de 15 dias a dois meses de prisão e multa.

Ao se tornar crime, quem pratica stalking pode ser condenado de seis meses a dois anos de prisão. A pena pode dobrar quando a vítima é criança, adolescente, idoso ou mulher.

 

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