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Balas que mataram delator do PCC eram da PM, revela código em munição

Laudo de balística indica que parte da munição usada contra Vinícius Gritzbach pertence a lote comprado pela PM. Ele foi morto em novembro

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Imagem colorida de um laudo da polícia que mostra em círculos vermelhos os locais do corpo onde Gritzbach foi atingido - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de um laudo da polícia que mostra em círculos vermelhos os locais do corpo onde Gritzbach foi atingido - Metrópoles - Foto: TV SBT/Reprodução

São Paulo — Parte da munição utilizada para assassinar Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), fazia parte de um lote comprado pela Polícia Militar paulista. A informação foi confirmada ao Metrópoles por um integrante da força-tarefa que investiga a execução — Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana do estado.

O laudo de balística que analisou as cápsulas deflagradas apontou que a vítima foi atingida por oito disparos, que atingiram diversas partes do corpo, como cabeça e tórax. Os assassinos utilizaram dois fuzis, modelos 7.62 e 5.56, e fizeram, ao todo, 34 disparos. Segundo a polícia, a procedência da munição só pôde ser identificada por meio do código de rastreamento presente nos cartuchos.

Entenda o caso

9 imagens
Gritzbach foi assassinado em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo
Rival da facção Primeiro Comando do Crime, o PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach
  • Gritzbach foi assassinado em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem de 38 anos era jurado de morte do PCC;
  • Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o homem era jurado de morte porque teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo;
  • Além disso, durante uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro e revelou extorsões realizadas por policiais civis;
  • Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que busca policiais militares acusados de envolvimento com o PCC, prendeu, no dia 16 de janeiro, 15 policias militares suspeitos de envolvimento na morte do empresário;
  • A investigação apontou que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. Segundo as apurações, tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa;
  • Informações estratégicas vinham sendo vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição. Isso permitiu que membros da facção evitassem prisões e prejuízos financeiros;
  • Entre os agentes presos estava o policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, as investigações sobre o caso seguem em andamento. “Os policiais militares detidos no último dia 16 prestaram depoimento nessa terça-feira (28/1) na sede do DHPP”, informou a pasta.

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