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Bailarina e palmeirense: quem era menina morta após perseguição da PM

Segundo a prima de Manuella Souza Carvalho, a menina fazia balé desde os seis anos de idade e era apaixonada pelo Palmeiras

atualizado

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Imagem colorida de montagem que do lado direito mostra uma menina com uma coroa na cabeça e no lado esquerdo mostra a mesma garota ais velha sorrindo
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São Paulo — Manuella Souza Carvalho, de 13 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (13/5), após um acidente de moto ocorrido no Jardim Iguatemi, na zona leste de São Paulo. Albert Wanderson de Moraes Balmant, de 18, conduzia o veículo e também morreu na colisão. No momento da fatalidade, uma viatura da Polícia Militar perseguia os dois.

Segundo o depoimento de uma familiar, a menina praticava balé desde o seis anos e era apaixonada pelo Palmeiras.

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Menina de 13 anos morreu em acidente envolvendo moto após perseguição da PM
Manuella bebê
A vítima de 13 anos era uma menina caseira, que gostava de ficar com a família, afirma parente
Menina de 13 morta em acidente de moto após perseguição da PM era apaixonada pela Palmeiras.
Manuella era uma estudante dedicada segundo familiar
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Manuella era bailarina desde o seis anos

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Menina de 13 anos morreu em acidente envolvendo moto após perseguição da PM

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Manuella bebê

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A vítima de 13 anos era uma menina caseira, que gostava de ficar com a família, afirma parente

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Menina de 13 morta em acidente de moto após perseguição da PM era apaixonada pela Palmeiras.

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Manuella era uma estudante dedicada segundo familiar

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Manuella fazia balé desde o seis anos

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Manuella tinha uma boa relação com a família e voltava para casa no momento do acidente

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A psicóloga Fabiana Farias de Almeida, de 34 anos, prima da vítima, afirmou que a menina fazia parte de uma família estruturada, funcional e que oferecia uma boa base familiar. Além disso, Manuella tinha uma boa relação com os pais, era uma pessoa doce, caseira, sem relação com nada errado e que, por isso, nunca havia saído de casa escondida.

A adolescente era dedicada aos estudos, fazia balé desde os seis anos e era apaixonada pelo Palmeiras, time o qual já foi prestigiar no estádio algumas vezes.

Festa no bairro

A familiar conta que a vítima revezava entre dormir na casa dos pais e na dos avós, que moravam todos no “mesmo quintal”. No dia do acidente, Manuella teria ficado na residência dos avós e esperou os responsáveis dormirem para ir, escondida, a uma festa que acontecia no bairro vizinho.

A prima disse que o pai não havia permitido que a menina fosse até o local, mas que a vítima queria muito ir e por isso fez questão de sair sem ninguém ver.

O irmão mais novo teria visto a ação da irmã e contado aos pais. Após isso, Fabiana relata que a família começou a realizar diversas ligações para a vítima, que, ao entender a gravidade da situação, teria pedido a Albert Wanderson de Moraes Balmant, de 18 anos, que a levasse de volta para casa em uma moto. Mais tarde, foi confirmado que Albert seria a outra vítima fatal no acidente, .

Durante o caminho, os dois foram perseguidos por uma viatura da Polícia Militar antes de perderem o controle do veículo e baterem em uma calçada.

 

Conforme os familiares começaram a tentar entender o que havia acontecido, eles souberam que, quando o acidente ocorreu, a moto estava sendo perseguida por uma viatura da PM, que segundo os vizinhos contaram, pertenceria à Força Tática, uma divisão especializada em confrontos.

O que esses vizinhos disseram, na sequência, segundo o relato de Fabiana ao Metrópoles, é que depois da batida da moto, no lugar de prestar socorro à menina e ao rapaz, os PMs procuraram as casas vizinhas para saber se alguém teria câmeras que pudessem ter registrado a cena. “Eles coagiram as pessoas a não entregar as imagens”, afirma a prima.

Mas a família conseguiu achar imagens de uma câmera próxima que comprovam que a moto estava sendo perseguida pela PM, após bater em algumas casas que se recusaram a compartilhar o material.

O boletim de ocorrência do caso, registrado no 49º Distrito Policial (São Mateus), não relata nenhuma perseguição. “Narram os policiais que, no local dos fatos, aparentava que a vítima condutora da motocicleta perdeu o controle e subiu na calçada e bateu contra duas barras de ferro e contra um poste”, diz o documento, feito a partir do relato do PM Jhonnes Hipolito, de 30 anos.

O documento diz que a equipe de Hipolito foi chamada pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas que, quando chegaram no endereço, já havia equipes de socorro médico e uma outra viatura preservando a cena.

“A viatura não era a mesma da perseguição”, pontua Fabiana.

Ainda segundo o registro, a morte de Manuella foi atestada na hora, enquanto Albert foi levado a um centro médico mas chegou morto no Hospital Geral de São Mateus.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

A Secretaria Estadual da Segurança Pública, em nota, reafirmou as informações do boletim de ocorrência e não deu explicações para a cena captada no vídeo.

“A Polícia Militar foi acionada, por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira (13/5), na rua Celso Betim, para atender uma ocorrência de acidente de motocicleta. Um homem de 18 anos, conduzia uma moto, quando se acidentou. Uma adolescente, de 13 anos, também se feriu, vindo a óbito no local. O jovem chegou a ser socorrido, mas também faleceu”, informa o texto.

“A perícia foi acionada e as circunstâncias do acidente estão sendo apuradas. O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor no 49° Distrito Policial (São Mateus).”

“Qualquer denúncia, acerca da conduta de policiais, pode ser notificada à Corregedoria da instituição para as medidas cabíveis”, conclui a nota.

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