São Paulo — O ATR72 da VoePass, avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9/8), sofreu danos estruturais ao bater a cauda na pista durante um pouso em Salvador em março deste ano. A aeronave também registrava problemas com o ar condicionado e tinha consertos pendentes.
De acordo com um relatório de inspeção obtido pelo jornal O Globo, no dia 11 de março deste ano, a aeronave estava voando de Recife em direção à capital baiana, quando sofreu um “tailstrike” — termo técnico usado na aviação para quando o avião bate com a cauda na pista.
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Modelo do avião era um ATR-72
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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo
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Destroços de avião
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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)
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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda
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Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram
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Imagens do avião que caiu em Vinhedo (SP)
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Avião caiu dentro de terreno vazio de um condomínio em Vinhedo
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Ninguém sobreviveu
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Avião com 62 pessoas caiu em SP
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Avião caiu dentro de condomínio
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A partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo
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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda
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Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura
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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros
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Trajeto de avião que caiu em Vinhedo, SP
Flightradar
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O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias
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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)
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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo
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Avião com 62 pessoas caiu em SP
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Avião caiu dentro de condomínio
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Não houve sobreviventes
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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros
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A queda durou 1 minuto
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Avião perdeu altitude de forma repentina, segundo investigadores
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Copiloto perguntou o que estava acontecendo antes da queda
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Avião ficou totalmente destruído
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A aeronave foi enviada para manutenção e só voltou ao serviço comercial quatro meses depois, em 9 de julho. Poucos tempo após a liberação, contudo, a aeronave ainda teve um problema de despressurização durante um voo entre Ribeirão Preto e Guarulhos, retornando às oficinas. Ela voltaria a operar comercialmente alguns dias depois, em 13 de julho.
Ainda não está claro se a batida no aeroporto de Salvador está relacionada com o acidente em Vinhedo, mas essa é uma das hipóteses em investigação. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (11/8), o comandante Ruy Guardiola, pioneiro no uso do ATR no Brasil, destacou a necessidade de investigar se as correções realizadas pela VoePass foram suficientes para resolver os problemas decorrentes do tailstrike.
Guardiola também mencionou um episódio em que um problema no botão que aciona o sistema antigelo foi temporariamente resolvido com um improviso: “A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo, ou sei lá, um palito de dente. Eu vi com esses olhos que a terra há de comer”, afirmou ao Fantástico. Uma falha no sistema anticongelamento é uma das hipóteses consideradas para explicar a queda, que resultou na morte de 62 pessoas.
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O piloto Danilo Santos Romano
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Edilson Hobold, 52 anos, árbitro internacional (FIJA) de judô, está entre as vítimas da queda do avião da Voepass Linhas Aéreas, em Vinhedo (SP)
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Casal morreu em acidente aéreo na cidade de Vinhedo
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Professor morto em acidente aéreo completaria 48 anos em dois dias
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Humberto de Campos Alencar e Silva, o co-piloto do avião, e Rubia Silva de Lima, comissária de bordo
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Vítima registrou momento de embarque em avião que caiu em Vinhedo
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Maria Auxiliadora era conhecida como Dora e trabalhou a vida toda na Apae de Guaratinguetá e José Cloves era fotógrafo
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Debora Soper Avila, de 29 anos, era comissária de avião da Voepass
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Além dos problemas de manutenção, existe a possibilidade de o acidente ter sido causado por formação de gelo nas asas, uma hipótese sustentada pelos boletins meteorológicos do dia e pelo histórico de um acidente similar nos Estados Unidos há 30 anos.
Em relação ao ar condicionado, a VoePass informou que o avião estava “aeronavegável” e cumpria todos os requisitos exigidos pelas autoridades.
O que se sabe sobre a queda
O avião de prefixo PS-VPB havia saído de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e chegada prevista para às 13h50. Aquela era a quarta viagem do dia da aeronave turboélice modelo ATR-72, com 73 assentos. Dentro dela, havia 58 passageiros e 4 tripulantes. Nenhum deles sobreviveu. Por sorte, ninguém em solo foi atingido pelo avião, que caiu no quintal de uma casa.
Tanto as autoridades quanto a companhia aérea VoePass, antiga Passaredo, e especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam ser prematuro apontar a causa do acidente, embora a principal suspeita até o momento seja a formação de gelo nas asas da aeronave. A empresa admitiu que o modelo é “sensível ao gelo” e que esse é um “ponto de partida” para as investigações.
Segundo o diretor de Operações da VoePass, Marcel Moura, o avião havia passado por uma revisão técnica de rotina na madrugada anterior, em Ribeirão Preto, onde fica a sede da empresa. Ela estava “100% despachada, de acordo com os manuais e regulamento”, após a inspeção, disse Moura. Para a empresa, ela estava apta a voar.
A empresa afirma que a aeronave decolou do Paraná com todas as condições operacionais para cumprir a programação. Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura.