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Autores de “punhetaço” apagam redes e criticam exposição: “Humilhação”

Alunos da Unisa que presenciaram o episódio apelidado de “punhetaço” dizem estar preocupados com a saúde mental dos colegas envolvidos

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foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – Estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que exibiram o pênis e simularam masturbação durante um jogo de vôlei feminino em abril deste ano, em São Carlos, no interior paulista, excluíram seus perfis nas redes sociais e estão preocupados com a exposição dos vídeos do episódio, apelidado de “punhetaço”, que viralizou no último final de semana.

Até o momento, a universidade já expulsou 15 alunos que estariam envolvidos nos atos obscenos durante o torneio universitário. A Delegacia de Investigações Criminais de São Carlos investiga o caso.

Colegas de faculdade dos estudantes afirmam que alguns deles deletaram até o WhatsApp, com medo de que suas mensagens fossem grampeadas pela polícia.

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino

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Um aluno da Unisa que prefere não ser identificado disse ao Metrópoles que os colegas que exibiram o pênis têm se sentido “ridicularizados” diante da exposição dos vídeos do incidente.

“Está todo mundo zombando deles. Em alguns casos, falando até do tamanho do pênis. Tem até deputado postando no Instagram aberto, sem nem borrar a foto. Eles estão se sentindo humilhados. E é uma humilhação mesmo. Querendo ou não, para quem conhece, é fácil reconhecer as pessoas. Se acontecesse comigo, eu provavelmente entraria em depressão”, diz o estudante.

Segundo o aluno de medicina da Unisa, quando os colegas deram a “volta olímpica” pelados, após a partida de vôlei, eles não esperavam que a ação seria filmada. O estudante afirma que é uma tradição na faculdade que os calouros corram pelados no ginásio e que os colegas, “por respeito”, não costumam filmar.

“Quem filmou isso provavelmente foi alguém da comissão organizadora do evento. Porque quem é da faculdade não iria filmar. O pessoal sabe que aquilo é uma coisa delicada e respeita o momento. A gente esperou todo mundo sair do ginásio e, na hora, só estava gente da faculdade”, diz ele.

O episódio apelidado de “punhetaço” nas redes sociais, que viralizou no último final de semana, ocorreu durante o torneio universitário Copa Calo, entre 28 de abril e 1º de maio deste ano. Os alunos da Unisa exibiram o pênis – alguns simularam masturbação – durante partida de vôlei feminino entre atletas da faculdade contra estudantes da Medicina São Camilo.

Assista:

 

Polícia apura se calouros obedeceram a veteranos

A Polícia Civil investiga se estudantes veteranos da Unisa obrigaram calouros a mostrar o pênis durante um jogo de vôlei feminino em abril deste ano, em São Carlos, no interior paulista.

“Se no dia em que ocorreram os fatos aqui em São Carlos ficar comprovado que os calouros foram obrigados de alguma forma, os veteranos também poderão ser responsabilizados”, disse o delegado João Fernando Baptista ao Metrópoles.

Alunos da Unisa que estavam no ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos, no momento em que ocorreu o episódio, afirmam que o “punhetaço” teria sido uma resposta a provocações de estudantes da faculdade rival, a Medicina São Camilo.

“São Camilo estava mostrando a bunda para a gente o jogo inteiro, moleques e meninas. Então, os caras falaram para os calouros: ‘Estão mostrando a bunda? Vamos mostrar o pau’. Foi uma resposta natural. Ninguém bateu punheta, ninguém fez nada”, disse um aluno da Unisa que pediu para não ser identificado.

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