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Autor de atentado em escola afirmou ter pensado em matar o pai

Estudante de 13 anos foi apreendido após matar a facadas professora de 71 anos e ferir outras quatro pessoas em atentado em escola de SP

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1 de 1 ataque-escola-SP - Foto: Reprodução/SBT

São Paulo – O aluno de 13 anos apreendido nesta segunda-feira (27/3) após matar uma professora esfaqueada e ferir outras quatro pessoas, em um atentado em uma escola estadual na zona oeste da capital paulista, afirmou à polícia já ter pensando em matar o próprio pai.

No depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, o estudante disse que, quando tinha 11 anos de idade , chegou a guardar uma faca para matar o pai, “mas não teve coragem”.

Após guardar a faca e a roupa usadas no crime, na noite de domingo (26/3), o estudante afirmou ter escrito uma carta para a mãe, a tia e a avó, desculpando-se pelo que iria fazer na escola na manhã desta segunda-feira. “Disse que não citou seu pai porque não gosta muito dele”, diz trecho do depoimento.

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas
Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque
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Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia Montoro

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas

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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque

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Testemunhas contam o terror que viveram

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Maria do Livramento, mãe de aluno

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Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, durante entrevista para a imprensa

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Renato Feder, secretário de Educação, durante entrevista para a imprensa

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O motivo, segundo o jovem, seria o fato de apanhar do pai. Ele acrescentou ter presenciado o homem ameaçar a mãe com uma faca. Ainda segundo o depoimento, o estudante afirmou que o pai “sempre foi agressivo com sua mãe e com ele.”

“Disse que seu pai o batia com cinta, até cair no chão, e isso também sempre o deixou bastante triste”, diz trecho do depoimento.

Na mesma época em que teria pensado em matar o pai, o aluno afirmou ter começado a planejar um ataque seguido de suicídio. Foi também neste período que ele afirmou ter passado a se interessar por satanismo, assunto sobre o qual via vídeos na internet.

O jovem argumentou que isso não o influenciou para os ataques. O motivo para a violência desta segunda-feira, reiterou, seria o bullying sofrido nas escolas pelas quais passou, por causa de sua aparência física. Ele afirmou que era chamado de “rato de esgoto” por alguns colegas.

Procurado pelo Metrópoles, o pai do adolescente não quis falar. A advogada Rafaela Santos Dantas, que defende o estudante, também não comentou o caso. O espaço segue aberto para manifestações.

Planejamento de dois anos

Como o Metrópoles revelou, o estudante de 13 anos contou à polícia ter planejado o atentado por dois anos, inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu após ser atingida por dez golpes de faca pelo estudante. Outras três professores e um aluno ficaram feridos — três já tiveram alta e uma segue internada.

O aluno foi contido por uma professora de Educação Física, que o desarmou com um mata-leão, dentro da sala de aula. Depois, foi apreendido pela Polícia Militar e levado para a delegacia.

Após prestar depoimento, o adolescente foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude, no centro da capital, antes de ser transferido para uma unidade da Fundação Casa, que abriga menores infratores.

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