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Autor de ataque se comparava a um psicopata, diz colega de classe

À polícia, colega de classe afirmou que aluno de 13 anos que matou professora esfaqueada gostava de pesquisar e conversar sobre psicopatas

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1 de 1 ataque-escola-SP - Foto: Reprodução/SBT

São Paulo – Um colega de classe do estudante de 13 anos que matou uma professora esfaqueada e feriu outras quatro pessoas em uma escola da zona oeste paulistana, na manhã de segunda-feira (27/3), afirmou em depoimento à Polícia Civil que o autor do ataque tinha o hábito de pesquisar e conversar sobre psicopatas.

De acordo com o amigo, o jovem apreendido pelo assassinato da professora de biologia Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, “sempre gostou de conversar sobre psicopatas”.

“[O autor do ataque] gostava de conhecer sobre o comportamento deles e se comparava constantemente a um psicopata, o qual está em um seriado na Netflix”, diz trecho do depoimento do colega de classe, ao qual o Metrópoles teve avesso.

O criminoso mencionado pelo estudante é Jeffrey Dahmer, assassino em série que matou 17 homens nos Estados Unidos, entre os anos de 1978 e 1991. Além de matá-los, ele também estuprava as vítimas e, em alguns casos, praticava canibalismo com os cadáveres.

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas
Aluno que matou professora sai da delegacia
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Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia Montoro

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas

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Aluno que matou professora sai da delegacia

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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque

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Testemunhas contam o terror que viveram

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Maria do Livramento, mãe de aluno

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Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, durante entrevista para a imprensa

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Renato Feder, secretário de Educação, durante entrevista para a imprensa

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O jovem apreendido, ainda de acordo com o colega de classe, também falava “diariamente” que “iria realizar um massacre” na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, onde o atentado ocorreu.

O menino ainda falou em seu depoimento acreditar que as falas do autor do ataque “eram somente brincadeiras.”

“Diz [amigo] que conversava sobre essa ideia de massacre na escola com o autor, dizendo que iria trazer uma motosserra, e o autor também dizia que traria uma faca. Ao final, o declarante dizia ser brincadeira. Afirma que o autor também dizia ser uma ‘zoeira’.”

O menino acrescentou em seu depoimento que deixou de conversar com o autor dos ataques depois que ele xingou de “macaco” um outro colega de sala, durante uma discussão na semana passada. O adolescente que cometeu o atentado teria sido xingado de “rato de esgoto”.

“Desde que houve a briga entre os dois alunos, o autor ressaltou muito a ideia de massacre, dizendo que iria matar todos ali presentes”, disse ainda o colega do adolescente apreendido.

O autor fala à polícia

Como o Metrópoles revelou, o agressor afirmou, em depoimento à polícia na tarde de segunda-feira, que planejou por cerca de dois anos o ataque e que tinha a intenção de executá-lo com uma arma e fogo. Como ele não conseguiu adquirir o armamento, decidiu usar uma faca que havia em casa.

O aluno acrescentou ter se inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu após ser atingida por dez golpes de faca pelo estudante. Outras três professores e um aluno ficaram feridos — três já tiveram alta e uma vítima segue internada.

O aluno foi contido por uma professora de Educação Física, que imobilizou o estudante dentro da sala de aula com um mata-leão, e depois apreendido pela Polícia Militar e levado para a delegacia.

No depoimento à polícia, o autor do atentado afirmou que sentia tristeza “há muitos anos” e que há aproximadamente dois anos ele passou a ter ideias “de se vingar” com o intuito de “acabar com toda a angústia que sentia.”

O adolescente disse que sofria bullying por causa de sua aparência física, na Escola Estadual Thomázia Montoro, onde o crime ocorreu, na Vila Sônia, e em outras unidades de ensino onde ele estudou anteriormente.

Antes do ataque, o jovem afirmou ter treinado facadas em travesseiros no sótão de sua casa. Ele seria ouvido nesta terça pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude.

O corpo da professora Elisabeth Tenreiro foi velado na manhã desta terça-feira (28/3),  no Cemitério do Araçá, na zona oeste paulistana. O sepultamento seria por volta das 12h.

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