Áudio: suplente acusa marido de planejar assassinato de vereador em SP
A Polícia Civil de Praia Grande (SP) investiga plano de assassinato do vereador Emerson Camargo; suplente denunciou próprio marido
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil de Praia Grande, no litoral paulista, investiga um plano para matar o vereador Emerson Camargo (foto de destaque), do União-SP. A denúncia foi feita pela suplente do parlamentar que acusa o próprio marido de planejar o assassinato.
A suplente Jaqueline Monteiro de Carvalho Barreto, mais conhecida como Professora Jaqueline (União-SP), de 40, gravou o próprio marido, Rafael Barreto, ameaçando matar o vereador de 45 anos. O áudio da discussão foi obtido pelo Metrópoles (ouça abaixo).
Na conversa gravada, Jaqueline questiona: “Eu prefiro viver com meu salário de professora do que fazer a merda de tirar a vida de alguém para se dar bem (…) Daqui a pouco, você está na igreja pedindo para Deus”. O marido responde: “A gente faz o bagulho errado, mas tem que pedir perdão”.
A suplente chega a falar, em seguida, que tem “nojo” do marido. Ele responde: “Nojo tu vai ter quando sentar lá e falar assim: ‘R$ 45 mil por mês’”.
Plano envolveria PM e matador contratado
Após ser alertado pela suplente, o vereador Emerson Camargo registrou, na segunda-feira passada (15/5), um boletim de ocorrência de ameaça na Delegacia de Investigações Criminais (DIG) de Praia Grande.
Segundo o registro, um policial militar, identificado apenas como Nunes, que seria amigo de Rafael Barreto, também estaria por trás do plano de assassinato do vereador, que assumiu o mandato em 2021. De acordo com a denúncia, o plano era que o PM assumisse o cargo de Chefe de Gabinete.
O policial teria repassado uma arma para “um marginal de São Vicente, conhecido por Júnior”, que seria o responsável pela execução. O áudio e a fotografia de duas armas de fogo foram entregues na delegacia.
Em nota, o vereador Emerson Camargo diz que “confia no andamento das investigações”, mas que fortaleceu sua equipe de segurança para proteger também os seus familiares. “Não tem sido um período fácil para nós, mas acredito na Justiça divina e terrena.”
O Metrópoles não localizou a defesa de Rafael Barreto. O espaço segue aberto para manifestação.