Atleta corintiano e jovem subiram sozinhos a apartamento, diz polícia
Análise preliminar de imagens de câmera de segurança de condomínio mostram atleta corintiano e Livia Gabriele subindo para apartamento
atualizado
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São Paulo – A equipe de investigação da 5ª Delegacia da Mulher de São Paulo analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio onde mora o atleta Dimas Cândido, da categoria sub-20 do Corinthians, na zona leste da capital. Na noite dessa terça-feira (31/1), Livia Gabriele, de 19 anos, morreu após um encontro com o jogador no local.
A jovem foi socorrida e levada ao Pronto Socorro do Tatuapé, mas, após quatro paradas cardíacas, não resistiu. Dimas disse à polícia que Livia passou mal enquanto eles tinham uma relação sexual. Segundo a equipe médica, a jovem teve um intenso sangramento na região genital, que teria sido provocado por um corte de cerca de cinco centímetros.
A equipe de investigação esteve no condomínio, na manhã desta quarta-feira (31/1), e assistiu às imagens de forma preliminar. Uma autoridade da Polícia Civil disse ao Metrópoles, em reservado, que Dimas aparece nas gravações descendo até o hall de entrada do prédio para receber Livia e que eles sobem para o apartamento sozinhos.
Apesar disso, a equipe de investigação pretende fazer uma análise mais minuciosa das imagens, para ter certeza de que nenhuma outra pessoa entrou no apartamento horas antes, por exemplo. O local está isolado e passou por perícia durante a madrugada.
Laudos do IML
A equipe de investigação aguarda o resultado dos exames necroscópico e toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) para prosseguir com a apuração dos fatos. Para a polícia, em um primeiro momento, o caso é tratado como “morte suspeita” e Dimas não é investigado.
O atleta foi ouvido durante a madrugada no plantão policial do 30º Distrito Policial. Ele deve ser chamado para prestar informações complementares à equipe da 5ª Delegacia da Mulher.
Sangramento
O pai de Livia, Rubens Chagas Matos, relatou que foi chamado ao hospital por uma enfermeira do Samu. No hospital, o médico lhe informou que atendeu a paciente e tinha conseguido estabilizar o quadro dela após três paradas cardíacas — ela só morreria após a quarta parada.
O médico também teria afirmado, segundo o depoimento do pai, que tinha conseguido estancar um sangramento na vagina da filha, provocado por um “corte de aproximadamente 5 centímetros”.
Pouco tempo depois, o médico chamou novamente a família e comunicou a morte de Livia, após a quarta parada cardíaca. O pai afirmou ter questionado o profissional sobre o que poderia ter provocado o corte interno na filha, mas o médico não soube responder e informou que o corpo seria encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para exames.
Durante o período em que estava no hospital, Rubens conheceu Dimas e, na ocasião, o atleta contou o que havia acontecido no apartamento. O jogador confirmou ao pai da jovem a versão de que ela passou mal durante uma relação sexual.
O pai contou à polícia que Dimas não teria demonstrado preocupação com Livia, e os dois teriam, então, discutido. Uma viatura da Polícia Militar (PM) foi acionada para intervir.
Em conversa com o Metrópoles , o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, disse que o jogador e Livia se conheceram pelo Instagram há alguns dias e tiveram o primeiro encontro na noite de terça-feira.
“Ele confirmou que eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”, disse o advogado. Segundo Lenoir, os dois não beberam e nem usaram drogas. “No local havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela”.
De acordo com o advogado, ao perceber que Livia tinha desfalecido, o atleta ligou para o Samu, seguiu as recomendações para fazer a massagem cardíaca e acompanhou a jovem ao hospital.
“Ele ficou absolutamente consternado com a morte da jovem”, disse Lenoir. Após ser ouvido pela polícia, Dimas foi liberado. A defesa diz que, no momento, aguarda o desenrolar das investigações sobre o caso.