Atentado “pode ser decorrência de homofobia e bullying”, diz Tarcísio
Segundo relatos de pais e alunos da escola, o autor do atentado era agredido com frequência por colegas e costumava se envolver em brigas
atualizado
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São Paulo – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que, de acordo com informações preliminares, o adolescente de 16 anos que matou a tiros uma colega, de 17, e deixou outras duas pessoas feridas em uma escola na zona leste de São Paulo sofria bullying. De acordo com Tarcísio, esse pode ter sido um gatilho para o atentado.
“A gente tem que investigar mais isso, é tudo muito preliminar. Mas o que se sabe é que pode ser decorrência de bullying e homofobia”, afirmou o governador em entrevista coletiva em frente à Escola Estadual Sapopemba nesta segunda-feira (23/10).
Segundo relatos de pais e alunos do colégio, o autor do ataque era agredido frequentemente por outros estudantes e costumava se envolver em brigas. Na semana passada, ele teria dito a colegas que iria “matar todo mundo” na escola.
Vídeo feito por estudantes mostra ele sendo agredido por colegas dentro da sala de aula. Segundo o secretário da Educação, Renato Feder, o incidente ocorreu em 22 de junho. Na época, diz ele, os alunos não foram encaminhados para atendimento psicológico porque o processo de contratação ainda estava em andamento. Os profissionais só foram designados para os colégios em agosto.
Hoje, segundo Feder, cada psicólogo atende em média 10 escolas. Tarcísio disse que o governo deve ampliar o número de profissionais.
“Num primeiro momento, a gente vai aproveitar o contrato que nós já temos e aditivar. É o caminho mais rápido. A gente traz mais psicólogos para dentro para dar mais. Isso é rápido”.