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“Ataque de fúria”, diz preso por matar homem com “voadora” em Santos

Segundo a polícia, Tiago Gomes de Souza disse sofrer de transtornos psicológicos; ele foi preso após dar uma “voadora” que matou Cesar Fine

atualizado

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Reconstituição de voadora que matou idoso em Santos
1 de 1 Reconstituição de voadora que matou idoso em Santos - Foto: Reprodução

São Paulo – Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, preso acusado de matar um homem de 77 anos com uma “voadora” no peito em Santos, no litoral de São Paulo, afirmou à polícia que sofreu um ‘ataque de fúria’ ao agredir a vítima.

De acordo com ele, isso aconteceu após a atitude de Cesar Fine Torresi em adverti-lo por ter avançado com o carro que dirigia contra ele e o neto.

Tiago participou da reconstituição do crime feita pela Polícia Civil nessa quinta-feira (13/6). No local, Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, começou a chorar enquanto explicava à equipe de investigação como ocorreu a agressão.

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Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua
Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua
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Reconstituição de voadora que matou idoso em Santos

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Cesar Fine Torresi morreu após levar "voadora" no peito e cair na rua

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Segundo a delegada Liliane Lopes Doretto, do 3° Distrito Policial da cidade, Tiago disse à polícia sofrer de transtornos psicológicos. O homem alegou também que sofreu um ‘ataque de fúria’ na data dos fatos, apesar de fazer tratamento com medicamentos.

“Não conseguiu se controlar e por isso assim agiu. Na hora se arrependeu e até fez manobras de ressuscitação na vítima”, disse a delegada.

Tiago relatou à polícia que não teve a percepção se havia machucado ou não o idoso quando ‘avançou’ com o veículo. Ainda de acordo com o suspeito, a vítima e o neto continuaram a caminhar após a ‘discussão’.

“Ele [Tiago] nem estacionou o carro. Simplesmente desceu, deixou a chave ali e foi atrás do senhor. Ele diz que houve uma discussão. O neto diz que não”, explicou Liliane.

Preso chora em reconstituição

Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, começou a chorar enquanto explicava à equipe de investigação como ocorreu a agressão.

Dezenas de pessoas ficaram reunidas ao redor de onde ocorria a reconstituição, ao lado do Shopping Praiamar, um dos mais movimentados da cidade. A multidão chamava Tiago de “assassino” e “mentiroso”.

Imagens feitas por testemunhas da reconstituição mostram o suspeito diante do corpo de um homem caído no chão, simulando Cesar Fine Torresi. É possível ver Tiago levando as mãos à cabeça, em um gesto de desespero, e erguendo os braços na direção da multidão, como se estivesse pedindo desculpas.

Cesar Fine Torresi levou a “voadora” na frente do neto, bateu a cabeça no chão e sofreu traumatismo craniano em Santos, no litoral paulista, no ultimo sábado (8/6). Ele morreu após ser encaminhado para atendimento médico.

Tiago foi detido em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Na delegacia, o suspeito optou por permanecer em silêncio.

Segundo o boletim de ocorrência, o acusado vinha em alta velocidade e teve que frear bruscamente, na Rua Pirajá da Silva, na lateral de um shopping, porque Cesar e o neto de 11 anos estavam atravessando a via.

Já a criança relatou ao pai que ela e o avô tinham começado a atravessar a rua no momento em que o trânsito estava parado e com semáforo fechado. Após o suspeito avançar com o carro sobre as vítimas, Cesar teria se apoiado no capô do carro.

De acordo com testemunhas, Tiago ficou irritado, desceu do veículo e deu uma “voadora” no peito da vítima, que já caiu desacordada. Cesar foi socorrido na UPA Zona Leste, sofreu três paradas cardíacas e teve a morte constatada.

Investigação

Apesar de não relatar qual foi a dinâmica dos fatos na sua versão, a defesa do suspeito contesta as informações do boletim de ocorrência. O advogado pediu a inclusão de imagens de câmeras de segurança no inquérito.

Na delegacia, a ocorrência foi registrada como “lesão corporal seguida de morte”, cuja pena prevista é de 4 a 12 anos de prisão.

Já o Ministério Público de São Paulo (MPSP) discordou da avaliação e pediu que o caso fosse considerado como “homicídio doloso qualificado”, crime punido com até 30 anos de cadeia.

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