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Associação de oficiais da PM nega “racha” entre polícias: “Narrativa”

Presidente de entidade diz que São Paulo vive um avanço na segurança pública e que único “racha” foi provocado no crime organizado

atualizado

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Divulgação/Defenda PM
foto colorida do presidente da Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar (Defenda PM), Luiz Gustavo Toaldo Pistori - Metrópoles
1 de 1 foto colorida do presidente da Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar (Defenda PM), Luiz Gustavo Toaldo Pistori - Metrópoles - Foto: Divulgação/Defenda PM

São Paulo — O presidente da Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar (Defenda PM), Luiz Gustavo Toaldo Pistori, contesta a informação de que a gestão do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, tenha provocado um “racha’ entre as polícias. A declaração foi feita ao Metrópoles pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp), André Santos Pereira.

Na avaliação de Pereira, São Paulo vive uma “crise de segurança pública” em meio a um “processo de militarização” dentro da Secretaria da Segurança Pública (SSP) — comandada por Derrite, ex-integrante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM.

“Entre os delegados de polícia, há um sentimento de apreensão, de preocupação com a postura da atual gestão. Em nome deles eu digo: vivemos uma crise de segurança pública em nosso estado em razão do racha entre as instituições. Especificamente, Polícia Civil e Polícia Militar”, afirmou Pereira.

“Racha” no crime organizado

Em nota ao Metrópoles, o presidente da Defenda PM disse que São Paulo vive um avanço na segurança pública e que o “único racha” deflagrado pela atual gestão foi “no crime organizado”. Para Pistori, as operações Escudo, Verão (da PM) e Fim de Linha — esta última uma ofensiva do Ministério Público de São Paulo (MPSP) em parceria com a PM — tiraram as organizações criminosas da “zona de conforto”.

“[Na Operação Fim de linha houve] a participação exitosa em perfeita sintonia entre as polícias do estado, tendo a Polícia Militar realizado o apoio, como de costume, ao MPSP, e a Polícia Civil fazendo o que determina a Lei Maior, conduzindo com eficiência as devidas atribuições”, disse Pistori.

Diante disso, o representante da Defenda PM reiterou que não existe “racha” entre as polícias. “[Essa declaração] parece ser mais uma narrativa do que um fato”, disse, acrescentando “que alguns atores procuram obter vantagem política em cima disso”.

Empoderamento da PM

O presidente também falou sobre o conjunto de ações da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) que dão mais poder à PM, As medidas, que na prática permitem que PMs exerçam atividades de investigação, constam em uma ordem preparatória, à qual o Metrópoles teve acesso em primeira mão, para implementar o Termo Circunstanciado Policial Militar (TC/PM).

“Não há investigação por parte da Polícia Militar, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), por mais de uma vez, em anos anteriores e em 2024 (por unanimidade)”, destacou Pistori. Citando o caso de outros estados, ele diz que “São Paulo está atrasado, mais uma vez, por ingerência política”. “Portanto, um eventual conflito é político, e não jurídico.”

Em nota ao Metrópoles, a SSP também lembrou que a elaboração do TC/PM está prevista pela Lei Federal 9.099/95 e foi referendada por recentes decisões do STF. “Segundo entendimento da própria Suprema Corte, a lavratura do TCO não é atribuição exclusiva da Polícia Judiciária e não é um ato investigativo”, diz a nota.

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