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Conselheira tutelar que abordou crianças antes de elas pularem do 2º andar é investigada

Conselho Tutelar de Ribeirão Preto pediu desculpas pela abordagem da profissional, sem dar detalhes sobre quais erros teriam sido cometidos

atualizado

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Duas crianças de costas com mochilas caminham em direção a uma van escolar
1 de 1 Duas crianças de costas com mochilas caminham em direção a uma van escolar - Foto: Reprodução

São Paulo – O Conselho Tutelar de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, vai investigar a conduta de social Marlene Colombo durante a abordagem em que dois meninos, de 6 e 9 anos, pularam da janela do apartamento em que moravam, na última quinta-feira (20). As crianças haviam sido trancadas no imóvel pela mãe enquanto ela tinha ido trabalhar. Ambas ficaram feridas.

A ideia é apurar se a conduta da conselheira tutelar fugiu ao padrão do órgão. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente divulgou nota pedindo desculpas pelo “atendimento falho e incomum”.

“O Conselho Tutelar não é um órgão policialesco que captura crianças, mas sim um órgão de defesa de direito de crianças e adolescentes e auxílio de suas famílias e, por isso, pede desculpas para toda a sociedade em razão do atendimento falho e incomum ocorrido”, diz a nota.

O órgão não deu detalhes sobre quais falhas teriam sido cometidas pela profissional. A mulher pode ser afastada do cargo.

Ao Metrópoles Marlene Colombo afirma que não vai se manifestar sobre a investigação do Conselho Tutelar até que seja notificada pelo órgão ou pelo Ministério Público de São Paulo.

Marcas de agressão

Na semana passada, a conselheira Marlene Colombo disse ao Metrópoles que os meninos trancados no apartamento tinham marcas de agressão pelo corpo. O apartamento, segundo ela, tinha um cheiro forte de sujeira.

“Eles disseram que a mãe não estava e que não tinham a chave da porta. Aí eu já entendi que era cárcere privado”, afirmou.

“De repente, eu ouço um choro bem longe e fica um silêncio. Enquanto eu mandava uma mensagem para o juiz da Vara da Infância para pedir uma busca e apreensão, alguém veio correndo dizer que as crianças tinham pulado da janela. Foi muito triste”, completou.

Segundo Marlene, a mãe ameaçava as crianças dizendo que ela ia entregá-los para o Conselho Tutelar.

“Pergunta para ela por que as crianças têm tanto medo do Conselho Tutelar, o que ela fala para eles. O Conselho é um órgão de proteção, e não um órgão repressor pra criança e adolescentes”, disse.

Mãe diz ter sido humilhada por conselheira

A mãe dos meninos, Geslaine Thomaz Castilho, disse ao Metrópoles que costumava deixar os filhos sozinhos em casa durante as férias escolares para ir trabalhar. “Senão, a gente não tem o que comer.”

Geslaine afirmou que havia pedido ajuda diversas vezes ao Conselho Tutelar e que foi humilhada pela conselheira.

“Queria que meus dois filhos estudassem na escola Anísio Teixeira, que tem reforço à tarde. De tantas vezes que eu ia no Conselho Tutelar, fiquei conhecendo ela. Ela me negava. Me humilhava. Ela falava que tinham 4 mil pessoas na minha frente e que não podia fazer nada. Eu já chorei muito na mesa dela falando ‘pelo amor de Deus’”, relatou a mãe das crianças.

Marlene Colombo disse que viu Gislaine uma única vez e que agiu dentro de sua atribuição como conselheira tutelar.

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