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Assassinos roubaram picanha e micro-ondas de médico morto na Grande SP

Corpo do médico Aurélio Tadeu de Abreu foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda no pescoço; dois estão presos por latrocínio em SP

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São Paulo – Presa pelo latrocínio do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, a faxineira Carolina Bival, 30, confessou, em interrogatório, ter participado do roubo, culpou os comparsas pelo homicídio e disse que o grupo levou rodas, micro-ondas e peça de picanha da casa da vítima na Grande São Paulo.

Com as mãos amarradas para trás e uma corda no pescoço, o corpo do médico foi encontrado dentro da residência, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, na última sexta-feira (19/4). Dois dos três suspeitos envolvidos no latrocínio foram detidos.

Carolina é a mulher que aparece, vestida de rosa, em imagens de câmeras de segurança nas imediações do local (veja abaixo). Segundo a investigação, ela e os outros suspeitos foram até a casa de Aurélio na noite da véspera. Lá, eles teriam dopado o médico e o agredido até a morte.

Em depoimento, ela relata ter sido chamada para participar do crime por Diego Fernandes, de 29 anos, o outro suspeito preso, via mensagem de Instagram.

“Você pode ir a uma caminhada com nós, você só precisa beber uns goró com o cara e ganha R$ 100 [sic]”, dizia a mensagem do comparsa. Ainda segundo ela, o “restante” ficaria por “conta deles”.

A suspeita afirma que havia conhecido Diego, em uma praça da cidade, quatro dias antes. Ainda de acordo com o seu depoimento, ele teria dito ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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O médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, encontrado morto em SBC
O médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, encontrado morto em SBC
Casa de médico morto em São Bernardo do Campo
Médico achado morto em casa em São Bernardo do Campo
Montagem com foto do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos, encontrado morto em SBC; e imagem de mulher que foi à casa dele antes do crime
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Assalto

Carolina disse que Diego e um terceiro criminoso foram buscá-la no bairro Dos Casa, em São Bernardo do Campo, por volta das 21h, para levá-la para casa da vítima. Inicialmente, só ela entrou no local, de acordo com o depoimento.

Segundo relata, ela não conhecia o médico até então. Poucos minutos após chegar, ela e Aurélio foram até um supermercado para comprar um maço de cigarro e quatro garrafas de vinho.

Os dois ainda passaram cerca de 40 minutos conversando na casa, conforme o depoimento da suspeita. Só aí que Diego e o outro suspeito teriam chegado ao local e recebido autorização para entrar. Segundo afirma, o médico disse que era “amigo” do terceiro criminoso.

O grupo bebeu por mais 30 minutos, de acordo com Carolina. Em seguida, ela “notou Diego pegando uma corda vermelha (guia de cachorro) e chegou a indagar o que ele estaria fazendo”. “Diego pediu para que ela ficasse na dela, pois eles fariam o ‘serviço’”, diz o documento.

Assassinato

Carolina afirmou que o médico foi atacado pelas costas por Diego. “A declarante se desesperou e foi para o quarto, nesse momento chegou a ouvir gemidos e gritos de socorro”, registra o documento.

Cinco minutos depois o local teria sido tomado pelo silêncio. De barriga para baixo, o corpo de Aurélio estava no meio da sala.

“Nesse momento, iniciou uma correria entre os três envolvidos buscando por itens dentro da residência da vítima”, diz trecho do depoimento.

Segundo o documento, Carolina pegou uma peça de picanha, uma de costelinha, cervejas e vodka. Já Diego teria levado o micro-ondas e rodas de carro que pertenciam à vítima.

Os itens roubados foram levados no Fiat Stilo, que pertencia ao médico, encontrado posteriormente na casa de Diego. A investigação é conduzida pelo 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.

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