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Assassinatos em SP voltam a subir e feminicídio bate recorde em 2022

Assassinatos em SP voltam a subir e feminicídio bate recorde em 2022, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública de SP

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Governo do Estado de São Paulo
Polícia Militar
1 de 1 Polícia Militar - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, de 33 anos, foi morto com um tiro na cabeça no meio de um show. Já Tatiane de Lima dos Santos, de 28, acabou assassinada, a golpes de marreta, na frente das crianças. Esses são só alguns dos 3.044 casos de homicídios registrados em São Paulo em 2022 – ano em que o Estado voltou a ter aumento do crime e bateu recorde de feminicídio.

Com uma vítima a cada três horas, o número de pessoas assassinadas aumentou 6,9% em 2022, comparado às 2.847 ocorrências de 2021. O balanço, com os dados consolidados do ano, foi divulgado nesta quinta-feira (26/1) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Só no mês de dezembro 294 pessoas foram mortas em São Paulo – índice que representa uma alta de 37,4% em relação ao mesmo período de 2021 (214 vítimas de homicídio).

Desde o início da série histórica, em 2001, esta foi só a quarta vez que São Paulo registrou mais assassinatos na comparação com o ano anterior. Pelos dados oficiais, os últimos aumentos haviam sido em 2012 (de 4.193 para 4.836), 2009 (de 4.432 para 4.564) e 2020 (de 2.778 para 2.893).

A tendência de aumento também foi observada principalmente no interior e na Grande São Paulo. Já na capital, a estatística caiu 3,3%, passando de 603 vítimas de homicídio, em 2021, para 583, em 2022.

Violência contra a mulher

Em meio à alta de assassinatos, em geral, São Paulo registrou 187 feminicídios em 2022. Esse é o maior número pelo menos desde 2018, quando os dados do crime passaram a ser divulgados pela SSP.

Até então, o ano com maior registro de violência contra as mulheres havia sido em 2019. Na ocasião, foram 184 feminicídios no Estado.

Os estupros também subiram. Ao todo, São Paulo notificou 12.615 casos em 2022 – uma alta de 7,2% em comparação com 2021 e o maior índice da última década. Desde o início da série histórica, só o ano de 2012  teve mais ocorrências: 12.886.

Os dados divulgados agora são referentes a período da gestão João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB) no Estado. Em nota, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), que assumiu o governo e realizou a divulgação, afirma que o compromisso é “combater a criminalidade” para “reduzir os índices criminais que estão em alta”.

“Por isso, no dia 11 de janeiro deste ano, foi lançada a Operação Impacto, que ampliou a ação ostensiva a fim de potencializar a percepção de segurança”, diz o governo. “As forças policiais utilizaram o reforço operacional de forma direcionada, com planejamento estratégico baseado no uso de inteligência policial e geoprocessamento de dados. Ao todo, são mais de 17 mil homens e mulheres reforçando o policiamento.”

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