Assassinatos de mulheres na capital têm recorde em janeiro mais letal
Capital paulista registrou alta de 550% nos assassinatos em que as vítimas são mulheres, comparando janeiro deste ano com o de 2023
atualizado
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São Paulo – Janeiro de 2024 foi o mês com mais registros de assassinatos de mulheres na capital paulista desde o início da séria histórica divulgada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado, em 2012.
No primeiro mês deste ano, 13 mulheres foram vítimas de homicídios, entre os quais cinco feminicídios, que é uma qualificadora usada, em registros policiais, para crimes ocorridos quando a vítima é morta por sua condição de gênero feminino. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando duas mulheres foram assassinadas na cidade, o aumento é de 550%.
Nem mesmo profissionais de segurança pública foram poupadas neste início de ano. A policial militar Sabrina Freire Romão Franklin foi morta durante uma abordagem, feita por um criminoso, em 18 de janeiro em Parelheiros, zona sul de São Paulo. O crime foi registrado em vídeo (assista abaixo).
A soldado, lotada na 3ª Cia. do 22º Batalhão, retornava do trabalho em sua moto quando foi abordada por dois bandidos.
A vítima, que estava sem farda, tentou fugir, mas foi derrubada por um dos criminosos. O homem, então, atirou contra ela, que já estava caída no chão. A dupla fugiu levando a arma da PM e deixando a moto dela no local. Dois suspeitos de envolvimento na morte da policial foram presos.
Mortes no estado
O número de mulheres assassinadas na capital paulista, em janeiro, cresceu gradativamente, desde 2012, quando nenhum caso foi registrado na cidade. Na ocasião, foram computados quatro homicídios de mulheres, no interior do estado.
O primeiro registro de homicídio de mulher da série histórica, em janeiro, ocorreu em 2013. Ele foi o único crime na capital paulista à época.
Em todo o estado de São Paulo, no primeiro mês deste ano, foram registrados 41 homicídios de mulheres, três casos a mais do que no mesmo mês do ano passado.