Assaltos caem após 14 meses em SP e governo exalta reforço policial
Após mais de um ano só com aumento no número de assaltos cometidos no estado, São Paulo registrou queda de roubos no mês de abril
atualizado
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São Paulo – Após mais de um ano só com aumento no número de assaltos cometidos no estado, São Paulo registrou queda de roubos no mês de abril deste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), obtidos pelo Metrópoles.
Foram 18.343 assaltos notificados em abril de 2023, recuo de 4,5% comparado aos 19.217 casos do mesmo período do ano anterior. Essa é a primeira vez que o indicador melhora nos últimos 14 meses. A última queda havia sido em fevereiro de 2022.
As consecutivas altas nos registros de crimes contra o patrimônio estão entre os principais desafios de segurança no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem apostado em operações policiais e no aumento de prisões em flagrante para combater os assaltos.
Na capital paulista, os roubos recuaram 2,3%, com 10.756 casos registrados em abril de 2023, ante 11.007 no ano anterior. Já na Grande São Paulo, o indicador caiu ainda mais, proporcionalmente, de 4.387 para 4.024, o equivalente a 8,2%.
Governo atribui queda a maior policiamento
Titular da SSP, o secretário Guilherme Derrite atribui a queda registrada em abril ao reforço de policiamento em São Paulo.
“O trabalho integrado entre as polícias tem sido fundamental para a queda nos índices. Desde fevereiro, observamos a desaceleração dos índices criminais e alta nos números de prisões. Agora, pela primeira vez, temos a reversão dessa tendência e a diminuição desse indicador de crime patrimonial”, afirma.
Segundo Derrite, mais de 17 mil agentes participaram de operações policiais no estado. Na região da Cracolândia, considerada uma das mais sensíveis e que recentemente também teve queda de roubos, o reforço é de 120 policiais por dia.
Operações contra receptadores, responsáveis por revender produtos roubados, é outra aposta do secretário para manter a queda de assaltos nos próximos meses.
“Há uma cadeia ilícita no crime de roubo que necessita ser combatida. Precisamos trabalhar para tornar o crime cada dia menos compensatório para o criminoso e isso será feito com a demonstração de que a atividade ilícita não ficará impune”, diz.