Assaltante que matou delegado a tiros em SP cumpria prisão domiciliar
Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, havia sido preso em flagrante quatro vezes por crimes patrimoniais com uso de arma de fogo
atualizado
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São Paulo — O homem que matou o delegado da Polícia Civil de São Paulo Mauro Guimarães Soares durante uma tentativa de assalto, na manhã deste sábado (21/9), na zona oeste da capital, estava em prisão domiciliar. Enzo Wagner Lima Campos, 24 anos, havia sido preso em flagrante quatro vezes. No ano passado, foi condenado.
Durante a tentativa de assalto, o delegado Soares conseguiu balear o suspeito sete vezes. O jovem foi socorrido e levado para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, onde permanece internado. Um suposto comparsa de Enzo, ainda não identificado, é procurado pela Polícia Civil.
Uma câmera de segurança flagrou a ação da dupla. Enquanto Soares e a esposa, que também é policial, caminhavam pela rua Caio Graco, na Lapa, zona oeste de São Paulo, os suspeitos se aproximaram em duas motos. Enzo anunciou o assalto.
Inicialmente, o delegado parece colaborar com a dupla, fazendo menção de entregar os pertences. Logo depois, ele saca a arma e começa a troca de tiros. O suspeito não identificado fugiu, abandonando o comparsa.
Assista:
Homenagens
A Polícia Civil prestou homenagem ao delegado e deixou uma mensagem de luto no Instagram da corporação.
“A Polícia Civil lamenta profundamente a morte do Dr. Mauro Guimarães Soares. […] Solidarizamo-nos com amigos e família nesse momento de dor”, diz a mensagem. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) também lamentou o ocorrido.
Reincidência criminal
Titular da pasta, o secretário Guilherme Derrite defendeu a necessidade de combater a reincidência criminal. O assaltante Enzo Wagner Lima Campos havia sido preso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de fogo e condenado no ano passado.
“Que Deus abençoe os familiares, amigos e colegas policiais do delegado e que os responsáveis pelas leis em nosso país coloquem a mão na consciência, já que a cada absurdo como esse fica mais clara a necessidade de combatermos a reincidência criminal. Não é possível que um ‘especialista’ com um discurso garantista não perceba que essa postura está custando vidas”, criticou Derrite.