As razões de Tarcísio para mudar a Cracolândia de lugar em SP
Governador Tarcísio de Freitas anunciou plano de transferir usuários de drogas da Cracolândia para o bairro do Bom Retiro, no centro de SP
atualizado
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São Paulo – O projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de transferir os usuários de drogas da Cracolândia para a região do Bom Retiro, no centro de São Paulo, tem por trás a ideia de facilitar a abordagem e o atendimento aos dependentes químicos.
“Não é só levar o fluxo e ter cena aberta de uso em outro canto da cidade. Tenho que levar essas pessoas para outro canto onde eu possa ter abordagem mais qualificada, onde possa ter mais êxito”, disse o governador na tarde desta quarta-feira (19/7), em evento no Palácio dos Bandeirantes.
Atualmente, o fluxo da Cracolândia tem se concentrado na esquina entre as ruas Vitória e Conselheiro Nébias e também no cruzamento da rua dos Gusmões com a Avenida Rio Branco, no bairro Campos Elíseos, localizado no centro da capital paulista.
Na terça, Tarcísio já havia dito que pretendia levar os dependentes químicos para perto do Complexo Prates, espaço da Prefeitura que atende a população em situação de rua e fica a mais de dois quilômetros de distância do fluxo.
No Complexo Prates há um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) e uma unidade da Assistência Médica Ambulatorial (AMA). O local foi inaugurado em 2012 quando Gilberto Kassab (PSD), hoje secretário de Governo, era prefeito.
“A ideia de levar para o Complexo Prates é a seguinte: temos equipamentos para prestar assistência. Lá tenho Capes, tenho a condição de dar assistência melhor, individualizada. Preciso levar essas pessoas para onde eu possa ter uma abordagem mais qualificada”, afirmou Tarcísio.
Tarcísio: “Tentativa e erro”
O governador também declarou que a mudança pode facilitar o trabalho conjunto feito pelo governo e pela Prefeitura de “identificar um por um no fluxo”.
No entanto, ele admitiu não ter certeza do sucesso da ação, que qualificou como “tentativa e erro”.
“Se me perguntassem qual é a solução, eu não sei. Mas a gente está tentando”, disse Tarcísio.