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Arquidiocese abre investigação sobre padre Júlio por suposto abuso

Arquidiocese diz estar em “busca da verdade” após entrevista com vítima que diz ter sofrido abuso sexual de padre Júlio Lancellotti em 1987

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra Padre Julio Lancellotti - Metrópoles - Foto: Redes sociais/Reprodução

São Paulo — A Arquidiocese de São Paulo abriu uma nova investigação para apurar um suposto caso de abuso sexual envolvendo o padre Júlio Lancellotti. Em nota assinada pelo vigário Michelino Roberto, a entidade diz estar em “busca da verdade.”

O novo caso de suposto abuso envolvendo padre Júlio foi noticiado pela Revista Oeste no dia 30 de janeiro de 2024. De acordo com a reportagem, o jornalista Cristiano Gomes, de 48 anos, afirma ter sido assediado pelo padre em 12 de maio de 1987, quando tinha 11 anos.

Ele afirmou à revista que teve o corpo pressionado contra o do padre ao ser consolado após a missa de sétimo dia da avó e que o sacerdote ficou excitado.

A Arquidiocese afirma que faz averiguações a respeito da denúncia e procura contato com Gomes para ouvi-lo a respeito do que ele relatou à revista. O procedimento de investigação é protocolar e ocorre sempre que há divulgação de notícias envolvendo membros da Igreja Católica.

Nova versão

A Arquidiocese também busca informações a respeito de um vídeo, divulgado em 2020, com outra denúncia de suposto abuso contra o padre Júlio Lancelotti.

Na ocasião, há quatro anos, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi contra a instauração de ação penal e a Justiça determinou o arquivamento do inquérito, mesma medida adotada pela arquidiocese e comunicada ao Vaticano na época. O argumento para ambos arquivamentos foi falta de materialidade na denúncia; não houve comprovação da veracidade do vídeo.

A Arquidiocese afirmou que, diante de duas versões conflitantes de perícia do vídeo, vai investigar o caso novamente. O Metrópoles procurou padre Júlio por telefone, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Veja a íntegra da nota divulgada nesta terça pela arquidiocese

“Diante das interpretações equivocadas e amplamente divulgadas na opinião pública sobre a Nota de Esclarecimento da Arquidiocese de São Paulo, publicada no dia 23 de janeiro de 2024, a respeito da denúncia contra o Padre Júlio Renato Lancellotti, recebida da presidência da Câmara Municipal de São Paulo no dia 22 do mesmo mês, esclarecemos o seguinte:

1. Não houve e não há arquivamento dessa atual denúncia e a Arquidiocese segue atenta aos ulteriores elementos sobre os fatos denunciados e a toda investigação séria, fazendo o que lhe compete conforme a norma da Igreja e investigando o caso na área de sua competência, distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade.

2. O arquivamento mencionado naquela nota referia-se ao procedimento investigativo realizado pela Cúria Metropolitana em 2020. É o que já se dizia na mesma nota de 23 de janeiro.

3. A recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia de um suposto novo fato de abuso sexual envolvendo o referido sacerdote requerem uma nova investigação da parte da Arquidiocese para a busca da verdade.

São Paulo, 5 de fevereiro de 2024.
Padre Michelino Roberto
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo”

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