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Arquidiocese diz que vídeo contra padre Júlio é antigo e foi arquivado

Arquidiocese diz que vídeo enviado pelo presidente da Câmara de SP, Milton Leite, contra o padre Júlio, é o mesmo de 2020 e já foi arquivado

atualizado

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Câmara dos Vereadores de Campinas/Divulgação
Padre Júlio Lancellotti em sessão na Câmara dos Vereadores de Campinas
1 de 1 Padre Júlio Lancellotti em sessão na Câmara dos Vereadores de Campinas - Foto: Câmara dos Vereadores de Campinas/Divulgação

São Paulo — A Arquidiocese de São Paulo divulgou nota nesta terça-feira (23/1) afirmando que o vídeo enviado pelo presidente da Câmara Municipal de SP, Milton Leite (União), no início do mês, com suposta denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, tem o mesmo conteúdo divulgado em 2020.

Na ocasião, há quatro anos, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi contra a instauração de ação penal e a Justiça determinou o arquivamento do inquérito, mesma medida adotada pela arquidiocese e comunicada ao Vaticano na época.

Nesta terça, a arquidiocese afirmou que pediu no último dia 8 que Milton Leite encaminhasse o material referente à suposta denúncia, o que aconteceu na tarde da segunda (22/1), quando foi recebido pela Cúria Metropolitana de São Paulo.

Na nota, a arquidiocese ressalta que está “distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade”.

A Câmara de SP pretende levar em frente uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação das ONGs na região da cracolândia, no centro da capital paulista, mas que mira o padre Júlio Lancellotti.

A iniciativa da criação da CPI partiu do vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Veja a íntegra da nota divulgada nesta terça pela arquidiocese

“A Arquidiocese de São Paulo, mediante ofício enviado por e-mail ao vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 6 de janeiro, protocolado na Câmara Municipal no dia 8 sucessivo, solicitou-lhe que fosse enviado o material referente à suposta denúncia contra o padre Júlio Renato Lancellotti. Finalmente, na tarde do dia 22 de janeiro, o material foi entregue na Cúria Metropolitana de São Paulo.

Tomado conhecimento do material recebido, constatou-se que se trata do mesmo conteúdo divulgado em 2020. Naquela ocasião, a Cúria Metropolitana de São Paulo, conforme prescrevem as normas da Igreja para esses casos, realizou um procedimento investigativo para apurar a denúncia recebida.

Concomitantemente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) passou a investigar a dita denúncia, conforme inquérito aberto junto ao Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com deficiência e Vítima de tráfico interno de pessoas. O MPSP, considerando ausência de materialidade, a seu tempo, emitiu parecer contrário à instauração de uma ação penal, acompanhado pelo D. Juiz que decidiu pelo arquivamento do inquérito.

A Arquidiocese de São Paulo, não chegando à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé.

Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados.

São Paulo, 23 de janeiro de 2024.

Padre Michelino Roberto
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo”

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