Armas furtadas do Exército iriam para PCC e CV, diz secretário de SP
Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite falou neste sábado (21/10) sobre apreensão de nove metralhadoras furtadas do Exército
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O secretário da Segurança Pública (SSP) Guilherme Derrite afirmou neste sábado (21/10) que as armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, e apreendidas pela polícia paulista nesta madrugada, seriam negociadas com as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.
“A informação da Inteligência é que um grupo retirou esse armamento do quartel, com a participação, de maneira óbvia, de algum militar envolvido, e elas [metralhadoras] tinham o endereço certo”, disse Derrite, em coletiva de imprensa antes da cerimônia de encerramento do Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), realizado na capital paulista.
“Assim, a notícia que se tem é que tanto o Comando Vermelho quanto o PCC seriam os destinatários finais desse armamento”, completou o secretário da Segurança Pública paulista.
Na noite de sexta-feira (20/10), a Polícia Civil de São Paulo recuperou nove metralhadoras que integravam o arsenal de armas do Exército em Barueri. A apreensão ocorreu em uma área de mata, em São Roque, interior paulista, e foi marcada por uma intensa troca de tiros entre a polícia e os criminosos. As armas seriam vendidas para o PCC.
As informações foram divulgadas pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante a madrugada deste sábado (21/10). Ao todo, 21 metralhadoras foram subtraídas do quartel, sendo 13 de calibre .50, capaz de derrubar aeronaves, e outras oito de calibre 7,62, que perfuram veículos blindados. O crime foi descoberto no último dia 10/10, durante uma inspeção, e revelado pelo Metrópoles. Até agora, 17 armas foram recuperadas.
Durante a semana, oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro. Elas seriam vendidas a traficantes do Comando Vermelho (CV), mas a facção não concluiu a compra de parte das metralhadoras calibre .50 furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, porque elas estavam sem uma peça importante para colocar a munição.