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Vídeo: hit da periferia, armas de gel viram febre na 25 de Março

Armas de gel podem ser encontradas em camelôs nos quarteirões da 25 de Março. Preços variam de R$ 250 a R$ 450, dependendo da potência

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Armas de gel podem ser encontradas em camelôs em todos os quarteirões da 25 de Março. Preços variam de R$250 a R$450, dependendo da potência - Metrópoles
1 de 1 Armas de gel podem ser encontradas em camelôs em todos os quarteirões da 25 de Março. Preços variam de R$250 a R$450, dependendo da potência - Metrópoles - Foto: William Cardoso/ Metrópoles

São Paulo — Fenômeno entre adolescentes na periferia, as armas de gel tomaram a Rua 25 de Março, principal centro popular de compras de São Paulo. Em uma rápida caminhada pela via na sexta-feira (13/9), o Metrópoles flagrou a venda disseminada do equipamento, inclusive com demonstrações ao ar livre (veja vídeos abaixo). Ambulantes que oferecem o produto, que pode custar de R$ 250 a R$ 450, estão espalhados em praticamente todos os quarteirões.

Como o Metrópoles mostrou esta semana, a Polícia Militar chegou a fazer um alerta sobre os riscos do uso desse tipo de arma entre os jovens.

“Por conta da semelhança [com armas reais], as pistolas podem ser consideradas reais, sendo possível confundir não só a população que vive nas regiões onde esse tipo de brincadeira acontece, mas também policiais durante o patrulhamento ou numa situação de emergência”, informa comunicado divulgado pela PM.

Na 25 de Março, as “arminhas”, como os próprios vendedores as chamam, podem ser encontradas aos montes nas barracas. O preço varia de acordo com a potência. Já os saquinhos de bolinhas de gel custam, em média, R$ 10. 

Veja a venda do produto na 25 de Março:

Durante visita à 25 de Março, a reportagem presenciou um homem tentando comprar “20 peças de uma vez só” — mas o vendedor não tinha essa quantidade.

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Hit da periferia, armas de gel viram febre na 25 de Março
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Um vendedor contou que, por volta de 15h, já tinha vendido 46 das 48 armas de gel que tinha disponíveis. O preço unitário era R$ 370. Segundo ele, nem ele e nem seu fornecedor tinham estoque suficiente para vender em grande quantidade naquele momento.

O Metrópoles também flagrou os testes com as armas. Algumas delas são tão fortes que conseguem furar caixas de papelão (veja abaixo). Alguns equipamentos têm alcance de até 50 metros. Um policial militar disse, sem se identificar, que “isso ainda vai dar muito problema”.

Além da 25 de Março, é possível encontrar arminhas em gel também na internet. No comércio eletrônico, as metralhadoras são vendidas por preço similar ao encontrado no comércio de rua. Já os saquinhos com 5.000 munições custam a partir de R$ 18.

Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, além das 18 pessoas que foram detidas no Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo, após uma confusão no dia 10 de setembro, a Polícia Civil localizou outras quatro ocorrências relacionadas a essa prática, também na zona sul.

De acordo com a SSP, foram apreendidos, ao todo, 10 equipamentos que se assemelham a armas de fogo, mas continham munições em gel e dois óculos de proteção. “O uso de réplicas e objetos que podem ser confundidos com armas de fogo pode gerar inúmeros transtornos, desde acidente de trânsito e ferimentos, além de poder ser usado para a prática de crimes”, alterou a pasta.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, informa que “não é da competência da Guarda Civil Metropolitana fiscalizar o uso das armas com munição de gel. A GCM reforça, entretanto, que suas equipes estão preparadas para atuar em casos de lesão corporal ou outros crimes, adotando as medidas cabíveis.”

Em nota enviada ao Metrópoles, a prefeitura ressaltou, ainda, que a venda das armas com munição em gel não é proibida.

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