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Arma de presidente da Apae foi usada no carro ocupado por desaparecida

Resultado de laudo divulgado pela polícia afirma que munição foi disparada por pistola do presidente da Apae de Bauru, que está preso

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1 de 1 apae-presidente-funcionaria - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo  A munição deflagrada de uma pistola calibre 380, encontrada no carro conduzido pelo presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru, interior paulista, foi disparada pela arma dele, conforme laudo pericial cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta terça-feira (20/8).

Roberto Franceschetti Filho é o principal suspeito pelo desaparecimento da secretária da entidade, Regina da Rocha Lobo, de 55 anos. A polícia trata o caso como homicídio. Um óculos dela, reconhecido pelos familiares, também foi encontrado.

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Claudia e Roberto em reunião da Apae dias antes do desaparecimento da secretária-executiva
Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos, e Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos
Veículo em que ela foi vista pela última vez foi encontrado
Polícia encontrou imagens em que Roberto é visto com Claudia no carro
Sangue humano e estojo de arma foram encontrados no carro
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Roberto Franceschetti Filho e Claudia Regina da Rocha Lobo

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Claudia e Roberto em reunião da Apae dias antes do desaparecimento da secretária-executiva

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Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos, e Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos

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Veículo em que ela foi vista pela última vez foi encontrado

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Polícia encontrou imagens em que Roberto é visto com Claudia no carro

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Claudia foi vista pela última vez em 6 de agosto

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Apae se surpreendeu com o envolvimento de Roberto no caso

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Como mostrado pelo Metrópoles, o estojo calibre 380, encontrado no carro ocupado pelo suspeito e pela vítima, era compatível com a arma apreendida pela polícia na casa de Franceschetti. A pistola estava descarregada em um cofre, com três carregadores, uma cartela nova de munições e três projéteis.

Segundo documento policial obtido pela reportagem, os policiais localizaram imagens de Claudia ao volante de uma GM Spin estacionando ao lado de um terreno na Rua Maestro Oscar Mendes, no Jardim Pagani, um bairro afastado do centro de Bauru.

O agora ex-presidente da entidade omitiu em seu relato que havia se encontrado com Cláudia no dia em que ela foi vista pela última vez, em 6 de agosto. Registro feito por uma câmera de monitoramento, contudo, mostra que ambos estiveram no mesmo carro naquele dia.

Nas imagens investigadas pela polícia, Roberto Franceschetti Filho sai do banco do passageiro e passa para o do motorista. Logo depois, Claudia entra no banco de trás. Foi exatamente no banco traseiro onde foram encontrados vestígios de sangue humano, de acordo com laudo pericial. Exames de DNA são aguardados para se constatar se o sangue é da secretária da Apae.

Entenda o caso

Em 6 de agosto, imagens de câmera de segurança flagraram a funcionária deixando o prédio onde fica o escritório administrativo da entidade, com um envelope na mão, em direção ao mesmo carro, um Spin branco (veja abaixo). Esse foi o dia em que Claudia foi vista pela última vez.

 

Ela saiu, sozinha, sem os documentos e o aparelho celular, e teria dito a outra funcionária da Apae que resolveria questões relacionadas ao trabalho. De acordo com o delegado Cledson Nascimento, provavelmente, o telefone ficou lá para que Claudia não pudesse ser rastreada.

“Nós conseguimos imagens em que verifica-se que ele [Roberto Franceschetti] também está no veículo com ela. Provavelmente ela o pegou numa outra região da cidade”, afirma o delegado Cledson Nascimento.

As prováveis motivações para o  crime não foram ainda aventadas publicamente pela polícia.

O que diz a Apae 

Em nota divulgada na última quinta-feira (15/8), a Apae de Bauru informou que “se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto Franceschetti Filho no desaparecimento de Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, funcionária da entidade”.

“A diretoria executiva vem a público esclarecer que o fato não tem relação com os serviços prestados”, diz o comunicado assinado pela nova presidente da entidade, Maria Amélia Moura Pini Ferro.

Em 8 de agosto, dois dias após o desaparecimento de Claudia Lobo, o próprio Roberto Franceschetti Filho, então presidente da Apae, assinou uma nota em que lamenta o desaparecimento da funcionária. “Todo o corpo diretivo tem se empenhado em prestar o máximo auxílio necessário às autoridades competentes, que seguem empenhadas nas buscas por sua localização”, escreveu.

“A associação também está prestando apoio à família da funcionária na esperança de seu encontro”, diz o comunicado, que disponibilizou um número de telefone da polícia para quem tivesse informações.

O que diz a defesa 

Procurada pelo Metrópoles, a defesa de Roberto Franceschetti Filho informou que o presidente da Apae “não prestou depoimento até o presente momento” e que não teve ainda “acesso ao conteúdo da investigação”.

Como o inquérito policial está em segredo de Justiça, o advogado afirmou que não pode se manifestar sobre as investigações.

 

 

 

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