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Arma atribuída a “sniper” do Guarujá não matou PM da Rota, diz laudo

Perícia mostra que bala que matou o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, 30 anos, não partiu de pistola 9 mm apreendida no Guarujá

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Imagem colorida de pistola calibre 9 milímetros. Com marcas de ferrugem, arma está de lado, sobre uma superfície, com o cano para a direita.
1 de 1 Imagem colorida de pistola calibre 9 milímetros. Com marcas de ferrugem, arma está de lado, sobre uma superfície, com o cano para a direita. - Foto: Reprodução/Perícia

São Paulo – A perícia concluiu que a bala responsável por matar o soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, no Guarujá, litoral paulista, não partiu da pistola 9 milímetros apreendida na investigação.

A arma, que foi encontrada embrulhada em uma sacola em 31 de julho, quatro dias após o assassinato do soldado da Rota, era atribuída pela polícia a Erickson David da Silva, o Deivinho, de 28 anos, conhecido como “sniper do tráfico” e nega ter feito o disparo. Ele está preso preventivamente.

Segundo o laudo, obtido pelo Metrópoles, a pistola semi-automática, da marca Taurus, modelo PT 92 AF, estava em “péssimo estado de conservação” e com a numeração raspada. Ainda assim, a arma mantinha “eficácia” e “potencialidade lesiva” – ou seja, estava funcionando, segundo o documento.

Após realizar testes, no entanto, os peritos concluíram que o projétil retirado do corpo do policial não saiu daquela arma. Isso porque, ao efetuar o disparo, cada arma deixa marcas na bala, como uma espécie de “impressão digital”.

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Projéteis apreendidos na investigação
Pistola calibre 9 milímetros era atribuída a sniper do tráfico
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Bala que matou PM da Rota passou por perícia

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Projéteis apreendidos na investigação

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Pistola calibre 9 milímetros era atribuída a sniper do tráfico

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“Verificou-se discordâncias entre os projéteis, nos elementos de ordem genérica (profundidade, largura e distância entre as impressões de raias) e, sobretudo, nos elementos de natureza específica (estriamentos finos)”, diz o laudo, assinado pela perita criminal Selma Hanada Sugawara. “Face ao exposto, pode-se concluir que os projéteis (…) não foram disparados pelo cano da pistola.”

Assassinato do PM

O soldado Patrick Bastos Reis foi assassinado no dia 27 de julho. A bala de calibre 9 milímetros que matou o policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, entrou pelo ombro esquerdo, atingiu os dois pulmões e a aorta e perfurou o seu tórax.

Segundo o médico legista Vinicius Cunha Venditt, que assina o exame necroscópico, o PM da Rota morreu de “hemorragia interna aguda traumática”.

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Soldado da PM Patrick Bastos Reis, morto com um tiro no tórax no Gaurujá (SP)
Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária
Denunciados por participação na morte de PM da Rota no Guarujá: Erickson David da Silva, Kauã Jazon da Silva e Marco Antonio, o Mazzaropi
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Laudo necroscópico do PM Patrick Bastos Reis, da Rota

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Soldado da PM Patrick Bastos Reis, morto com um tiro no tórax no Gaurujá (SP)

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Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária

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Denunciados por participação na morte de PM da Rota no Guarujá: Erickson David da Silva, Kauã Jazon da Silva e Marco Antonio, o Mazzaropi

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Em agosto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou três homens pelo homicídio do soldado: Marco Antônio de Assis Silva, 26, o “Mazzaropi”, e Kauã Jazon da Silva, 20, além de Deivinho.

O assassinato do policial motivou a Operação Escudo, deflagrada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para combater o domínio do Primeiro Comando da Capital (PCC) no litoral paulista.

A operação policial terminou com pelo menos 28 mortes de civis e foi alvo de uma série de denúncias de violência policial e supostas irregularidade.

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