Aquático e “dia de fúria”: as polêmicas com a Transwolff, alvo do MPSP
A empresa Transwolff é a empresa responsável pelo transporte Aquática, o barco da Billings, e em atraso de 3 horas que causou dia de fúria
atualizado
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São Paulo — Alvo da Operação Fim da Linha do Ministério Público de São Paulo (MPSP) por envolvimento com o crime organizado, a Transwolff esteve em evidência nos últimos meses por outras duas questões relacionadas à mobilidade urbana na capital paulista. Segundo investigação, a empresa tem relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e por isso três dirigentes foram presos.
A empresa é responsável pelo Aquático, transporte hidroviário na Represa Billings que segue encalhado por determinação da Justiça. Também perdeu seis linhas de ônibus após o dia de fúria de um passageiro revoltado com um atraso de três horas nos coletivos da 6072/10 Jd. São Nicolau – Term. Varginha, em 20 de março.
Sobre o Aquático, a empresa ficou responsável pelo serviço na capital paulista. O transporte por barcos foi anunciado no começo do ano passado e o início da operação já sofreu inúmeros atrasos. A estreia já esteve prevista para duas ocasiões no segundo semestre passado. Depois, em janeiro, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a dizer que começaria até o fim de fevereiro, o que também não ocorreu.
Previsto posteriormente para o último dia 28, o lançamento do Aquático encalhou por causa de uma decisão judicial, em atendimento a um pedido do MPSP. Na ação, a promotora Maria Gabriela Ahualli Steinberg afirma que há “falhas no licenciamento do Aquático-Billings” e também faltam estudos de impacto ambiental para permitir o início da operação – mesmo para a fase de testes.
A decisão é contestada pela prefeitura, que diz que o novo sistema foi elaborado junto a FAU-USP e se trata de uma política pública aguardada pela população com grande entusiasmo.
Além do Aquático, a Transwolff também é protagonista no processo de eletrificação da frota em São Paulo. No ano passado, por exemplo, metade dos 50 novos veículos elétricos a bateria colocados em operação na capital paulista eram da empresa.
Sobre o dia de fúria no Terminal Varginha, as imagens de um homem revoltado após três horas de espera pelo ônibus ganharam as redes sociais. O passageiro arremessou o guichê de atendimento da Transwolff. Depois disso, a prefeitura transferiu seis linhas da empresa para as concessionárias MobiBrasil e Viação Grajaú, colocando também veículos maiores, com capacidade para mais passageiros.