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Aposentado foi morto com tiro na cabeça dado por sargento da PM de SP

Caso da morte de aposentado passou a ser investigado como homicídio doloso, ou seja com intenção de matar; sargento segue detido

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Homem branco, sem barba, sorri com boca aberta e usando óculos em sala de casa - Metrópoles
1 de 1 Homem branco, sem barba, sorri com boca aberta e usando óculos em sala de casa - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook

São Paulo – O aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, morreu após ser atingido na cabeça, por um tiro dado pelo 1º sargento Roberto Márcio de Oliveira, da Força Tática do 8º Batalhão da Polícia Militar, em 7/5 no Tatuapé, zona leste paulistana.

A informação consta em um relatório do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), obtido pelo Metrópoles.

A vítima caminhava pela calçada, na altura do número 840 da Rua Platina, quando por volta das 16h30, a equipe liderada pelo sargento abordou dois ocupantes de uma moto.

A arma de Roberto disparou, por motivos ainda a serem esclarecidos, e atingiu a cabeça do aposentado, que morreu no local. A vítima, que morava na região há sete anos, pretendia ir à farmácia, comprar um medicamento.

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O homicídio do aposentado foi registrado por uma câmera de monitoramento (assista abaixo).

O sargento foi preso em flagrante, com base no Código Penal Militar, por homicídio culposo (sem intenção de matar) e encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.

O flagrante, porém, foi relaxado e convertido para prisão preventiva pela Justiça Militar, a qual seguiu requerimento do Ministério Público Militar.

Vídeo do aposentado sendo baleado

 

Nesse sábado (11/5) o caso foi analisado pelo DHPP. O Metrópoles apurou que a Polícia Civil recebeu cópias dos autos, feitos pela PM, somente na sexta-feira (10/5), três dias após o crime. O caso agora é investigado como homicídio doloso, ou seja com intenção de matar.

O DHPP requisitou cópias dos registros feitos pela câmeras corporais dos policiais militares envolvidos na ocorrência.

Até a publicação desta reportagem, a PM não havia confirmado se enviou as imagens, nem os motivos para não ter apresentado o caso, de imediato, à Polícia Civil. A defesa do sargento também não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestações.

Rotina de caminhadas

Clóvis morava com a esposa no Tatuapé, onde costumava caminhar todas as tardes, em algumas ocasiões acompanhado pelos filhos e netos, segundo familiares. O percurso feito por ele é conhecido na região por ser calmo, margeado por alguns comércios e moradias de alto padrão.

“Inadmissível um policial treinado disparar durante abordagem e atingir uma pessoa. Foi ele, mas podia ter sido qualquer um, uma criança, eu. Estamos devastados, desolados”, afirmou Paulo Proença, genro de Clóvis.

O idoso completaria 71 anos no próximo dia 27, era casado e deixou dois filhos. O corpo dele foi velado e sepultado na quinta-feira (9/5).

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