Aposentada vende carro e casa achando que ajudava Schwarzenegger
Vítima de 74 anos teve prejuízo de quase R$ 240 mil; aposentada entrou com ação na Justiça por danos morais contra 12 suspeitos de golpe
atualizado
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São Paulo – Uma aposentada de 74 anos vendeu seu carro, um imóvel e fez empréstimos acreditando que estava ajudando o astro de Hollywood Arnold Schwarzenegger. Ela foi vítima de um golpe, aplicado por uma quadrilha de estelionatários e amargou um prejuízo de R$ 238.568.
Falida, a aposentada, que mora em Caraguatatuba, litoral de São Paulo, entrou com uma ação judicial, processando os envolvidos no caso por danos morais. Ela precisou solicitar a gratuidade das custas processuais, em decorrência do golpe que sofreu.
Segundo o processo do caso, obtido pelo Metrópoles, a vítima foi procurada por uma falso perfil, que alegava ser o ator Arnold Schwarzenegger — mundialmente famoso por filmes como “O Exterminador do Futuro”. Ele também foi governador do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, entre 2004 e 2011.
O falso astro alegou à aposentada que “estava passando necessidade”, pedindo ajuda financeira. “Comovida com a história”, de acordo com o processo, ela vendeu o carro, uma casa e fez empréstimos.
Para convencer a vítima, a quadrilha de golpistas afirmou, ainda passando-se pelo ator, que enviaria à casa dela um carro blindado, de uma empresa de transportes de valores, para restituir os valores emprestados.
Vale destacar que o ator, na vida real, acumula uma fortuna avaliada em cerca de R$ 6 bilhões.
Danos morais
Após constatar que foi vítima de um golpe, a aposentada entrou com uma ação na Justiça, por danos morais.
Até o momento, 12 pessoas foram apontadas como suspeitas de envolvimento no golpe. São elas: Bárbara Laurym Pinto dos Santos, Taiara de Sena Ambrósio, Chanel Derosier, Sonley Laporte, Flávia Cardoso Lopes dos Santos, Anderson Dias Teixeira, Natália Cavalcante dos Santos, Jéssica Gomes Alexandre dos Santos, Juliana Gomes da Silva, Patrícia Pinho Ribas da Silva, Najila Rebeca Conceição e Alessandra Costa Fonseca.
O advogado de Patrícia, Reinalds Klemps, afirmou que sua cliente foi usada “como laranja’ do esquema. “Ela foi uma mera peça descartável na empreitada criminosa. A nossa cliente não usou ou teve acesso ao dinheiro. Tal alegação fica evidente considerando que várias pessoas receberam os valores em diferentes quantias”.
As defesas dos outros suspeitos não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.