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Após revés na Alesp, Tarcísio consegue aprovar empréstimo para trem

Deputados da Alesp aprovaram nesta quarta-feira (21/6) projeto do governador Tarcísio que autoriza contratar empréstimo de R$ 6,5 bilhões

atualizado

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Rodrigo Romeo/Alesp
Alesp
1 de 1 Alesp - Foto: Rodrigo Romeo/Alesp

São Paulo – Um dia após sofrer revés na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a base do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) conseguiu aprovar, com votos da oposição, um projeto de lei autorizando a contratação de um empréstimo de R$ 6,5 bilhões para construir o trem intercidades, que ligará a capital paulista à cidade de Campinas, no interior do estado.

Em sessão realizada na tarde desta quarta-feira (21/6), o projeto foi aprovado com 71 votos, incluindo deputados das bancadas do PT e do PSol, de oposição ao governo na Alesp, que entraram em obstrução na votação feita na noite de terça (20/6).

Uma das promessas de campanha de Tarcísio, o trem regional São Paulo-Campinas deve sair da futura Estação Campinas, passar pelas cidades de Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí, e chegar na capital paulista a partir da malha ferroviária hoje usada pela Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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Na terça, o governo havia conseguido apenas 45 votos, quantidade insuficiente para aprovar o projeto de lei – são necessários, no mínimo, 48 votos dos 94 deputados. Parlamentares de bancadas governistas, como União Brasil, PL, PP e PSD também haviam entrado em obstrução e contribuíram para que o governo não conseguisse quórum.

Internamente, deputados têm cobrado a liberação de verba das emendas parlamentares. Durante o governo João Doria (2019-2022), cada deputado recebeu cerca de R$ 20 milhões em emendas extras, distribuídas de acordo com critérios políticos. Agora, o governo Tarcísio sinaliza com R$ 10 milhões em emendas adicionais além dos R$ 10 milhões em emendas obrigatórias.

União Brasil lidera queixas na Alesp

A maior cobrança por emendas, na visão de deputados governistas, tem vindo da bancada do União Brasil, que possui sete parlamentares.

Durante o seu voto nesta quarta, a deputada Mônica Seixas (PSol) ironizou as tentativas de deputados da base para tentar reunir a quantidade suficiente de parlamentares para aprovar o projeto ontem.

“A partir de agora só vou declarar votos muito longos e muito calmos aqui no microfone, adotando a tática da base do governo para ver se convence o União Brasil a votar”, declarou a deputada.

A gestão Tarcísio já havia encontrado dificuldade para aprovar o reajuste salarial das polícias, travado pela oposição durante dois dias, em meio à pressão por emendas extras.

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