Após novos apagões, Nunes volta a pedir rescisão de contrato da Enel
Em ofícios enviados à Aneel e ao TCU, Nunes culpa Enel por transtornos causados pela série de apagões na capital paulista
atualizado
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São Paulo – Após os apagões no centro da capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a pedir, na sexta-feira (22/3), a rescisão do contrato com a Enel, responsável pelo abastecimento de energia elétrica na cidade.
Em ofício encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nunes culpa a Enel e pede que a distribuidora seja responsabilizada pela falta de luz que afetou diversos bairros, três hospitais de grande porte e pelo menos 35 mil pessoas nesta semana.
“Por serem, assim, tão graves as falhas ocorridas e a renitência da concessionária em admiti-las e corrigir sua conduta, o Município de São Paulo, mais um vez, busca que essa agência instaure procedimento com vistas à rescisão da concessão, única medida que se vislumbra capaz de garantir a continuidade de serviço público essencial à vida na maior cidade do país”, diz o documento, obtido pelo Metrópoles.
O prefeito pede, ainda, que a Aneel atue com a Prefeitura de São Paulo no processo de escolha da nova distribuidora. “É urgente a seleção de nova concessionária e também é urgente a correção do processo pelo qual é escolhida”, registra.
TCU
Além da Aneel, Nunes encaminhou ofício sobre o mesmo tema para o ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), para cobrar que o órgão “fiscalize o cumprimento do contrato de concessão e a efetiva e adequada prestação de serviço”.
No documento, o prefeito lista outros episódios recentes de falta de luz na cidade e diz que o cenário “reflete o padrão de falta de respeito com que a concessionária trata os paulistanos”.
O episódio mais recente da crise de abastecimento começou na segunda-feira (18/3). Os apagões em série afetaram principalmente o centro da capital paulista.
A lista de locais que ficaram sem luz inclui a Rua 25 de Março e a Central da SPTrans, autarquia responsável pelos ônibus municipais.
O Metrópoles entrou em contato com a Enel e aguarda resposta. O espaço segue aberto para manifestação.