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Após matar trabalhador, PM acionou Copom e disse ter sido vítima de assalto

PM atirou na cabeça de prestador de serviço da CET após faixa de sinalização cair sobre sua moto; forte ventania provocou a queda da faixa

atualizado

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Reprodução/TV Globo
PMs ao lado de viaturas em ocorrência em que PM matou trabalhador em SP
1 de 1 PMs ao lado de viaturas em ocorrência em que PM matou trabalhador em SP - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo – Após atirar contra um prestador de serviço da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na noite dessa quinta-feira (13/7) em São Paulo, o policial militar Hartur Bruno de Cicco, de 40 anos, telefonou para o Centro de Operações da Polícia Militar dizendo que tinha sido vítima de uma tentativa de assalto.

O trabalhador Alberes Fernandes Lima, de 35 anos, foi socorrido para o Pronto Socorro de Santana, mas não resistiu.

Em depoimento à polícia, no entanto, o PM apresentou uma versão diferente. Ele disse que dirigia pela Avenida General Pedro Leon, em Santana, zona norte, quando uma faixa de sinalização de trânsito, que estava sendo pendurada em um poste por dois trabalhadores, atingiu sua moto.

Segundo a versão de Hartur à polícia, ele desceu da moto para alertar aos trabalhadores que tomassem cuidado.

De acordo com o PM, um dos trabalhadores se irritou, começou a agredi-lo e tentou pegar sua arma. Eles teriam entrado em confronto físico e sua arma teria disparado acidentalmente.

De acordo com o advogado de Hartur, Antonio Edio Alencar, o PM disse que havia sido vítima de uma tentativa de roubo porque o trabalhador teria tentado roubar sua arma. “Depois que ele disse ser policial, qual era a intenção do rapaz em vir para cima dele tomar a arma dele? Isso caracteriza um roubo, sem dúvida. Como eu vou me proteger tomando a arma de alguém?”, questiona o advogado.

Versões diferentes

A versão contraria o relato do prestador de serviço que estava ao lado de Alberes pendurando a faixa. Segundo o trabalhador, de 17 anos, quando a faixa se soltou por causa da força do vento, o policial deu meia-volta de moto e começou a discutir com Alberes. Eles trocaram socos e, sem dizer nada, o PM teria puxado a arma e disparado na cabeça da vítima.

Hartur Bruno de Cicco, policial militar há 15 anos, foi indiciado por homicídio doloso. Ele passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (14/7). Se a prisão em flagrante for convertida em preventiva, ele deve ser levado para o presídio Romão Gomes.

A ventania que derrubou a faixa de sinalização foi reflexo da passagem do ciclone extratropical por São Paulo. Santana, na zona norte, foi um dos bairros em que as rajadas de vento atingiram um dos índices mais altos da capital nessa quinta-feira, chegando a 48 km/h, segundo a Prefeitura de São Paulo.

Protesto

Familiares, amigos e colegas de Alberes realizaram um protesto na Rodovia Fernão dias durante a noite. Eles interditaram a via, e a PM precisou usar bombas de efeito moral e balas de borracha para desobstruir o local. A rodovia foi liberada por volta da 1h desta sexta-feira (14/7).

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Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM
Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM
Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM
Moto de PM atingida por faixa de sinalização da CET; após incidente, PM matou agente da CET
PM mata prestador de serviços da CET após faixa de sinalização atingir sua moto
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Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM

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Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM

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Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM

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Protesto na Fernão Dias após morte de funcionário da CET por PM

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Moto de PM atingida por faixa de sinalização da CET; após incidente, PM matou agente da CET

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PM mata prestador de serviços da CET após faixa de sinalização atingir sua moto

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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) lamentou o episódio e esclareceu que Alberes era um prestador de serviços do Consórcio Moove SP, operadora das ciclofaixas de lazer em São Paulo.

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