Após desgaste, Tarcísio e Bolsonaro selam paz em encontro nesta 6ª
Tarcísio e Bolsonaro se encontraram na tarde desta sexta-feira na sede do PL em Brasília para dar fim às hostilidades entre os dois
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) selaram a paz nesta sexta-feira (7/7) após discutirem pessoalmente o atrito provocado pela reunião do PL na quinta, na qual o chefe do Executivo paulista foi interrompido pelo padrinho político e hostilizado por deputados bolsonaristas.
O encontro ocorreu ao fim da tarde na sede do PL em Brasília, mesmo local onde, um dia antes, Tarcísio e Bolsonaro tiveram o primeiro embate público. Após mais de uma hora de conversa, os dois concordaram em enterrar o episódio.
Segundo pessoas próximas ao governador, Bolsonaro disse que “vacilou” ao interrompê-lo e enumerou algumas das cobranças feitas por deputados bolsonaristas de São Paulo sobre a gestão Tarcísio. Conforme divulgado pelo Metrópoles, parlamentares ligados ao ex-presidente têm se queixado dos acenos feitos pelo governador ao centro e à esquerda.
Auxiliares disseram que a reunião desta sexta foi em tom “informal” e que os dois deixaram o encontro dando risadas.
Bolsonaro já ensaiava conciliação com Tarcísio
Tarcísio e Bolsonaro já haviam conversado ao telefone mais cedo, em um primeiro gesto de conciliação. Foi quando os dois acertaram de se encontrar para colocar um ponto final à questão.
Horas após a reunião do PL, ainda na quinta, auxiliares disseram que Bolsonaro tentou contato com Tarcísio pelo telefone para se explicar. O governador, de acordo com os assessores, se recusou a atendê-lo sob a justificativa de que estava “de cabeça quente”.
Bolsonaristas que estiveram na reunião do PL, no mesmo dia, disseram ao Metrópoles que Tarcísio deixou o local com os olhos marejados. Auxiliares do governador reconheceram que ele ficou “chateado” e muito bravo com o tratamento, mas negaram as lágrimas.
Tarcísio ficou em Brasília nesta sexta para tentar resolver a situação. À equipe em São Paulo, deu a ordem para enterrar qualquer conversa que o projete como um eventual líder de uma “nova direita” que atue na política sem a participação do ex-presidente.
Já deputados próximos a Bolsonaro entenderam que o ex-presidente não pode se dar ao luxo, na condição de inelegível, de dispensar aliados que estão em alta e que podem oferecer um bom palanque para candidatos bolsonaristas nos próximos anos.