Após denúncias, Câmara vai ouvir concessionárias de cemitérios de SP
Concessionárias de cemitérios explicarão à Câmara Municipal denúncias de cobrança equivocadas de taxas, má gestão e problemas de manutenção
atualizado
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São Paulo — Representantes das concessionárias responsáveis pela gestão dos cemitérios de São Paulo vão à Câmara Municipal esta semana para serem ouvidos sobre as denúncias de má gestão e baixa qualidade de atendimento funerários na capital.
Entre esta segunda e quarta-feira (11/11 a 13/11), a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Casa irá ouvir a SP Regula, agência da Prefeitura que faz a fiscalização dos contratos de concessão e privatização da capital, além de representantes da Consolare e do Grupo Maya, que são responsáveis pelos cemitérios da Consolação, Quarta Parada, Vila Mariana Santana, Tremembé, Vila Formosa, Saudade, Palheiros, Lapa, Lajeado e Campo Grande.
Desde que assumiram a concessão, em 2023, as duas empresas já foram alvo de inúmeras denúncias envolvendo problemas na conservação dos cemitérios, cobrança de taxas e mau atendimento.
No caso da Consolare, o Metrópoles mostrou que a concessionária já foi condenada pela Justiça por casos envolvendo atraso na entrega de caixão, ossos desaparecidos e corpo entregue dentro de um saco no caixão.
Os problemas vêm sendo discutidos há meses por parlamentares da Câmara Municipal, que ameaçam criar uma CPI dos Cemitérios.
Na última quarta-feira (6/11), um requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) foi aprovado pela Casa, convocando as concessionárias a se pronunciarem publicamente sobre as denúncias e a atual condição de conservação dos cemitérios.
Procurada pelo Metrópoles, a Consolare disse que “reforça que cumpre rigorosamente os termos da concessão e está confortável para prestar quaisquer esclarecimentos”. Já a Sp Regula disse que “está à disposição da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, para apresentar as informações solicitadas’.
Além disso, a Prefeitura de São Paulo disse que “Cabe às concessionárias o cumprimento do compromisso assumido de garantir direitos e acesso a um serviço de qualidade e digno a todos, em especial, aos mais vulneráveis”.
O Grupo Maya não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.