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Após confronto, Alesp retoma sessão da Sabesp; oposição não vai votar

Votação do projeto de privatização da Sabesp foi suspensa na Alesp após confronto entre manifestantes e policiais militares na galeria

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Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp
Fotografia colorida mostra plenário da Alesp com manifestantes durante discussão sobre a privatização da Sabesp. Clima foi descrito na Alesp como "briga de torcida" - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostra plenário da Alesp com manifestantes durante discussão sobre a privatização da Sabesp. Clima foi descrito na Alesp como "briga de torcida" - Metrópoles - Foto: Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp

São Paulo – Após a votação da privatização da Sabesp ser interrompida por pancadaria, gás lacrimogêneo e spray de pimenta na Assembleia Legislativa (Alesp), deputados de oposição ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciaram que não votarão o projeto nesta terça-feira (6/12), embora a presidência da Casa tenha reaberto a sessão mais de uma hora após a confusão.

Enquanto a sessão era reaberta pelo presidente André do Prado (PL), deputados do PT, PSol, PCdoB, Rede e PSB, todo de oposição a Tarcísio, disseram que tentaram um acordo com a base governista para adiar a votação, mas que o presidente da Casa foi “irredutível”.

“A nossa decisão é a de que é inadmissível e impossível voltar para o plenário nas condições que nós temos lá dentro. A gente tem companheiros e companheiras, deputadas e deputados que não podem participar nessa situação”, disse o deputado Paulo Fiorilo, líder da bancada do PT.

O petista se referia ao caso de deputados mais velhos, como Eduardo Suplicy (PT) e Leci Brandão (PCdoB), e a deputada Paula Nunes (PSol), que está grávida.

“Nós achamos que é impossível continuar esse processo do jeito que está o plenário agora. Ninguém consegue ficar lá. E nós achamos que é um erro e um equívoco continuar esse processo hoje”, acrescentou Fiorilo.

No entendimento dos deputados, mesmo que a privatização seja aprovada, sem a oposição presente no plenário, o processo estaria contaminado e abriria espaço para que a situação fosse considerada antidemocrática.

Relator do projeto de lei na Alesp, o deputado Barros Munhoz (PSDB) afirmou que a situação toda foi uma “tragédia anunciada”. No entanto, questionado sobre a conduta da polícia de utilizar bombas de gás lacrimogêneo em um espaço fechado, ele admitiu ser “descabível”.

“O meu nariz e a minha garganta que respondem. Eu acho descabível, mas a gravidade é que tinha que evitar o pior”, afirmou Barros Munhoz.

A sessão retornou sem que o comitê de imprensa fosse reaberto e com muitos dos deputados do lado de fora. O cheiro de gás ainda era forte e provocava tosse nas pessoas presentes.

Confusão e gritaria

Durante a votação em plenário do projeto de privatização da Sabesp, um grupo que estava na galeria começou a gritar contra a desestatização e a socar e a chutar os vidros que o separava do espaço reservado aos deputados.

A polícia reforçou o efetivo, mas a confusão teve início e os policiais começaram a agredir os manifestantes, que continuavam a bater nos vidros. Também foram lançados spray de pimenta e gás lacrimogêneo no espaço interno, o que tomou todo o plenário.

Segundo deputados e assessores parlamentares, o gás entrou pelo duto de ar condicionado e se espalhou pelos três andares do prédio da Alesp. Funcionários da Assembleia deixaram o edifício cobrindo o rosto, portando máscaras, tossindo e com lágrimas nos olhos.

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