Após chamar proposta de “sonho”, Marçal desiste de triplicar GCM em SP
Em sabatina da Oeste, Pablo Marçal disse que ideia teria custo elevado e que seria melhor ampliar Operação Delegada
atualizado
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São Paulo — O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB Pablo Marçal disse nesta terça-feira (10/9) que desistiu de sua proposta de triplicar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), como consta em seu programa de governo. Em sabatina da revista Oeste, o influenciador afirmou ter mudado de ideia após visitar o ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro.
Na semana passada, na sabatina do UOL, Marçal admitiu que seria impossível triplicar o número de guardas civis em quatro anos e disse que a proposta seria, na verdade, “um sonho”, que ainda não teve a viabilidade comprovada. Na ocasião, ao ser perguntado sobre quanto custaria o aumento no efetivo, ele respondeu R$ 100 milhões, valor sete vezes menor que a atual folha de pagamento anual da GCM.
Nesta terça-feira, Marçal disse que a proposta será substituída pela ampliação da Operação Delegada, em que policiais militares reforçam o policiamento em áreas prioritárias durante suas folgas.
“Assumo que vou trocar essa posição. A gente não vai mais triplicar a guarda. Vou chamar os que passaram em concurso público. O que a gente vai fazer é aumentar a Operação Delegada. Por que nós vamos fazer isso? Isso envolve um custo muito alto e não resolve o problema de imediato. Depois de voltar e ouvir o ministro da Justiça eu estou trocando isso.”, afirmou.
O influenciador disse ainda que pretende criar a a Operação Delegada para policiais civis. “Inclusive vou abrir Operação Delegada para a Polícia Civil. Isso vai fazer o quê? Vai fazer com que a gente tenha a pessoa disponível agora, já treinada, já faz sentido isso”, disse.
Ao contrário do que diz o candidato, a atividade delegada para policiais civis existe desde o início de 2022.
El Salvador
Questionado, Pablo Marçal admitiu que não se reuniu com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele. Segundo aliados do influenciador, esse era o principal objetivo de sua viagem internacional da semana passada.
O candidato do PRTB prometeu “falar com alguns presidentes”, mas voltou para o Brasil após três dias, depois de visitar um presídio em El Salvador e de uma reunião com o ministro da Justiça do país.
Marçal disse que Bukele, acusado de cometer diversas violações de direitos humanos com o objetivo de combater o crime organizado, teve “coragem”. “Eu não vi uma pessoa na rua falando mal do Bukele. Tem que ter coragem para fazer o que ele fez. Um prefeito não pode fazer, tem que ser o presidente fechado com todos os Poderes da República. Vamos acabar com a criminalidade”, disse Marçal.