Após ataque, Tarcísio anuncia segurança particular em escolas vulneráveis
Governador Tarcísio de Freitas visita escola da capital paulista onde professora foi morta esfaqueda para anunciar medidas de segurança
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai anunciar nesta quinta-feira (13/4), durante visita à escola onde uma professora foi morta esfaqueada por um aluno há duas semanas, na zona oeste da capital paulista, um pacote de medidas para reforçar a segurança das unidades da rede estadual de ensino e tentar evitar novos atentados.
Entre as ações que serão apresentadas pelo governador, está a contratação de seguranças particulares, desarmados, para reforçar a proteção a professores, alunos e funcionários em escolas identificadas como mais vulneráveis a episódios de violência. A ideia é que esses seguranças façam parte da vida escolar e procurem aproximação com pais de estudantes e docentes das escolas.
Esta será a primeira visita de Tarcísio à Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, local do atentado ocorrido em 27 de março. No dia do ataque que matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e deixou outras quatro pessoas feridas, o governador estava em Londres, na Inglaterra, em viagem para encontros com investidores estrangeiros.
Em outra frente de atuação prevista, a Secretaria Estadual da Educação deverá contar com psicólogos fornecidos em parceria com a Secretaria da Saúde para reforçar o acompanhamento dos alunos e detectar sinais de risco. Ao todo, o pacote de ações que será detalhado por Tarcísio nesta quinta-feira prevê investimentos de R$ 240 milhões.
Retorno às aulas
A escola Thomazia Montoro retomou gradativamente as aulas na última segunda-feira (10/4), após duas semanas fechada. No primeiro dia, apenas três turmas, incluindo a do estudante de 13 anos que executou o ataque, voltaram à escola com um plano de acolhimento de alunos e pais, atividades pedagógicas e participação de psicólogos e assistentes sociais.
O clima na escola era de medo e apreensão. As professoras Ana Célia da Rosa e Rita de Cássia, que foram feridas com golpes de faca, também retornaram ao colégio. O adolescente autor do ataque, que era aluno do 8º ano da escola, está internado na Fundação Casa, onde ficará, a princípio, por 45 dias.