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Após ataque, grupos de Whatsapp viram rede de proteção nas escolas

Professores e alunos têm usado grupos de Whatsapp para trocar informações e se defender de eventuais novos casos de violência nas escolas

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Estudantes fazem vigília nesta manhã de terça-feira (28), na Escola Estadual Thomazia Montoro-03
1 de 1 Estudantes fazem vigília nesta manhã de terça-feira (28), na Escola Estadual Thomazia Montoro-03 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Após o ataque a faca de um estudante de 13 anos que deixou uma professora morta e outras quatro pessoas feridas na última segunda-feira (27/3), em uma escola estadual na capital paulista, professores e alunos da rede pública de ensino têm utilizado grupos de Whatsapp para trocar informações e se defender de eventuais novos casos de violência.

O Metrópoles colheu relatos de professores e alunos que afirmam que, desde a segunda-feira (29/3), os grupos têm sido utilizados como forma de proteção e troca de informações. Eles pediram para não serem identificados com medo de possíveis retaliações.

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Cartaz diz "livros sim, armas não"
Manifestação pediu fim da violência nas escolas
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Professor protesta contra violência nas escolas

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Homenagem a Elisabeth Tenreiro

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“O que a gente discute são iniciativas mais individuais. Alguns protocolos para controle de acesso de alunos na escola. Tem havido troca de informações, discussões, mas que se limitam a essa ideia de assumir para a unidade uma atitude que deve ser do próprio governo do estado, a começar pelo trabalho de prevenção”, afirmou um professor de uma escola estadual da região do Butantan, na zona oeste da capital.

“Uma forma de defesa, já que não temos a garantia do poder público”, emendou uma outra professora da rede estadual.

Os alunos também têm utilizado o Whatsapp para trocar informações sobre casos de violência nas escolas.

“Existem alguns grupos que os próprios estudantes se organizam, tanto das próprias escolas como das cidades. Ontem mesmo teve um caso em Santo André e um grupo de lá começou a debater, falar sobre. Chegou até a gente. Esses grupos vão se organizando para entender os casos, mas também para cobrar respostas por tudo o que tem acontecido”, relatou uma estudante ao Metrópoles.

Horas depois do ataque a faca na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, grupos de alunos e ex-alunos já compartilhavam dezenas de imagens do caso e do agressor, um aluno de 13 anos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em menos de 48 horas após o atentado, a Polícia Civil já havia registrado sete boletins de ocorrência envolvendo planos de ataque a escolas na Grande São Paulo.

Ato contra a violência

Nesta quarta-feira (29/3), professores e estudantes realizaram um ato contra a violência nas escolas e em homenagem a Elisabeth Tenreiro, a professora de 71 que foi morta esfaqueada pelo aluno de 13 anos.

O protesto, organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e movimentos estudantis, ocorreu em frente ao prédio da Secretaria de Educação, na República.

Os manifestantes carregavam placas que diziam “livros sim, armas não”.

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