Após ataque ao Bar Brahma, Nunes promete mais 1.500 PMs no centro
Prefeito Ricardo Nunes diz que policiais aderiram a “bico oficial” após aumento do benefício pago pela Prefeitura de SP por trabalho extra
atualizado
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São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou, nesta terça-feira (5/12), que 2.400 policiais militares se inscreveram para a nova etapa da Operação Delegada, o “bico oficial” da PM, em que agentes reforçam, em seus dias de folga, o policiamento das ruas das cidade. Desse total, cerca de 1.500 ficarão no centro de São Paulo.
O anúncio foi feito após o prefeito ser questionado sobre o ataque sofrido pelo Bar Brahma, na icônica esquina das avenidas Ipiranga e São João, na região central. No último domingo (3/12), uma tentativa de furto a um cliente terminou em uma confusão generalizada, com o apedrejamento do bar.
“A gente conseguiu uma adesão de 100% no centro, 1.500 policiais, para a gente aumentar [o efetivo]”, disse o prefeito. Segundo Nunes, os policiais começam a trabalhar nos próximos dias. Os demais 900 agentes irão para outros bairros em que também há intenso comércio de rua.
Havia 500 vagas para os PMs trabalharem no centro, mas elas não vinham sendo preenchidas porque, na avaliação da Prefeitura, o benefício pago aos agentes já não era mais atrativo.
No fim de novembro, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei de Nunes que aumentou esses valores.
Os policiais militares terão reajuste de cerca de 20% na diária do bico oficial. Praças (soldados, cabos e sargentos) vão receber R$ 328 por dia trabalhado, no lugar dos atuais R$ 274, e oficiais (tenentes, capitães, majores e tenentes-coronéis) vão receber R$ 394 (hoje, são R$ 328). Os valores serão pagos também a guardas-civis municipais.
Nunes citou também outras ações que sua gestão está realizando para combater a criminalidade do centro, como a compra de mais viaturas para a GCM e a instalação de câmeras de segurança. Mas criticou a forma como o centro da cidade é retratado pela imprensa.
“Algumas pessoas estão fazendo do centro uma situação que não é real. A gente não pode fazer isso. Tem que colocar os problemas, evidentemente. Ninguém quer escondê-los, mas acho que tem que ter bom senso e não fazer colocações que fogem da realidade”, disse Nunes.