Após 9 anos, Marta Suplicy retorna ao PT com ficha assinada por Lula
Evento de refiliação de Marta Suplicy ao PT também contará com o psolista Guilherme Boulos, de quem ela será a vice na disputa à Prefeitura
atualizado
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São Paulo – A ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy retorna ao PT nesta sexta-feira (2/2) nove anos após ter deixado o partido. Como um gesto simbólico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará a ficha de filiação em evento no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.
“Terei a honra de o presidente Lula abonar a minha ficha de refiliação ao PT, na próxima sexta-feira, dia 2, em São Paulo”, escreveu Marta no Instagram.
Foi Lula quem fez o convite para que Marta retornasse ao PT, ainda no fim de 2023, para ser a vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na disputa à Prefeitura de São Paulo.
Na ocasião, a ex-prefeita não estava filiada a nenhum partido e atuava como secretária de Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos na eleição deste ano. Ela também integrava o conselho político do prefeito, com quem mantinha amizade.
Aliados de Marta alegaram que ela não estava contente com o fato de Nunes buscar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para sua campanha.
Como o Metrópoles mostrou no início desta semana, durante as negociações entre Marta e Lula, o governo federal articulou a aprovação de um projeto de lei no Congresso que atendeu a interesses de uma entidade presidida pelo marido dela, o empresário Márcio Toledo.
Marta Suplicy terá conversas com bancadas do PT
Marta deixou o PT em 2015, após 30 anos filiada, em meio a investigações da Operação Lava Jato que afundaram o partido em uma crise por causa das denúncias de corrupção na Petrobras. Ela fez diversas críticas públicas à sigla e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Marta se reaproximou do PT e de Lula durante o governo Bolsonaro e apoiou a candidatura do petista em 2022 contra o ex-presidente.
O retorno da ex-prefeita encontrou resistência em algumas alas do partido, conhecidas internamente como “tendências”. No entanto, a filiação de Marta foi aprovada pela executiva municipal da sigla em São Paulo com 12 votos a favor, um contra e uma abstenção.