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Apoio de MCs a candidatos em SP provoca racha no funk paulista

Funk paulista enfrenta racha após duas das maiores produtoras do meio aparecem ao lado dos candidatos Pablo Marçal e Ricardo Nunes

atualizado

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Pablo Marçal, Ricardo Nunes e funkeiros
1 de 1 Pablo Marçal, Ricardo Nunes e funkeiros - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — A disputa eleitoral à Prefeitura de São Paulo se tornou o epicentro de uma briga no universo do funk paulistano após empresários de duas das maiores produtoras do ramo na cidade fazerem publicações em redes sociais com o influencer Pablo Marçal (PRTB) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). 

A polêmica começou em fevereiro deste ano, quando Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, apareceu ao lado do presidente da produtora GR6, Rodrigo Oliveira.

Nunes e Oliveira se encontraram para discutir uma parceria da empresa com a prefeitura. Entre os críticos da reunião, Renata Prado, produtora cultural do meio, chegou a fazer publicações nas redes chamando o movimento de Nunes de lobby eleitoral. 

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Presidente da produtora de funk GR6 encontrou com o prefeito Ricardo Nunes em fevereiro
MC Ryan aparece em vídeo abraçando Marçal. Cantor argumenta que vídeo é antigo
Filipe Ret tuitou contra ao apoio das produtoras às candidaturas
O perfil "chavoso da USP" recuperou vídeo de Marçal criticando funkeiros
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"Rato" e Marçal aparecem juntos em publicação no Instagram da produtora Love Funk

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Presidente da produtora de funk GR6 encontrou com o prefeito Ricardo Nunes em fevereiro

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MC Ryan aparece em vídeo abraçando Marçal. Cantor argumenta que vídeo é antigo

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Filipe Ret tuitou contra ao apoio das produtoras às candidaturas

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O perfil "chavoso da USP" recuperou vídeo de Marçal criticando funkeiros

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Meses depois, foi a vez de Pablo Marçal (PRTB) entrar na discussão. Na última quinta-feira (15/8), o influencer apareceu nas redes sociais de uma produtora de funk, a Love Funk, se encontrando com o presidente da empresa, o produtor Henrique Viana, também conhecido como “Rato”. Na publicação, “Rato”, que é investigado pela Polícia Federal por bancar shows com dinheiro do PCC, declara apoio à candidatura de Marçal à prefeitura. 

Após a publicação da Love Funk, apoiadores de Marçal começaram a replicar um vídeo de MC Ryan abraçando o influencer e dizendo ser fã dele. No sábado (17/8), o cantor publicou nas redes sociais um vídeo explicando se tratar de um conteúdo antigo e disse que não apoiava Marçal como candidato. A repercussão dos casos, contudo, fez com que uma série de profissionais do meio se pronunciassem contra a suposta apropriação do funk paulistano por figuras de direita. 

O influenciador Thiago Torres, mais conhecido como Chavoso da USP, resgatou o vídeo de uma palestra em que Pablo Marçal diz que o funk “destrói toda a base cognitiva dessa geração”.

No vídeo, Marçal argumenta que músicas de funk são “drives mentais para psicopatas, assassinos (…) Esses caras destruíram a música, destruíram a arte, destruíram a religião, destruíram a família, destruíram a riqueza e vocês caem como patos. Esse povo é doente, acabaram com as músicas. Instala ‘drive mental’ de corno, de preguiçoso, de estuprador, de vagabundo”, disse o influencer na ocasião.

MC Hariel, que é produzido pela GR6, também foi às redes sociais criticar o movimento das produtoras: “Você, que é o público, e nos ama, toma cuidado com essas bocas de urna cibernética. Cuidado e se mantenha atento. Mesmo que, infelizmente, você veja pessoas que você ama e admira a história de vida se juntando com esse tipo de gente. A gente precisa saber separar”, ele publicou em um vídeo no X, antigo Twitter.  

Polêmica chegou ao rap

As críticas saíram do mundo do funk e chegaram ao rap pelo cantor Felipe Ret, que tuitou “LAMENTÁVEL ver o rap/funk (música incontestavelmente marginalizada) apoiando posições políticas decadentes”.

Mano Brown, do Racionais MCs, comentou a questão em um post nas redes sociais dizendo que isso era previsível de acontecer : “Eh irmao qdo eu falei pra vcs lá na Sabim que os Baguio tava mudando e que nois tinha q antecipar os caras…E q os nossos iam tomar decisões contrarias as nossas muitas das vzs. E que isso é o normal na democracia”.  

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