Apagão: presidente da Enel pede desculpas a 2 milhões de prejudicados
Max Lins se desculpou, mas disse que a situação, provocada pelas fortes chuvas no estado, foi excepcional; temporais mataram 8 pessoas em SP
atualizado
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São Paulo — O presidente da Enel, Max Lins, pediu desculpas, na manhã desta quarta-feira (8/11), aos 2,1 milhões de clientes da concessionária que foram prejudicados pelo apagão em São Paulo. O executivo disse que a situação foi excepcional, referindo-se às fortes chuvas que atingiram o estado na última sexta-feira (3/11).
“Estamos sentindo a dor, estamos solidários, estamos trabalhando. Pedimos desculpas por isso, claro, não há nenhum problema. Agora, gostaria que isso viesse dentro de um contexto, o contexto de uma situação excepcionalíssima.”
Os temporais de sexta-feira provocaram a morte de oito pessoas em todo o estado. A previsão inicial da Enel, concessionária que fornece energia elétrica para a capital e outras 23 cidades da região metropolitana, era que a energia fosse totalmente restabelecida até essa terça-feira (7/11), mas isso não aconteceu. Até o momento, há 11 mil imóveis afetados, segundo Lins.
O presidente da concessionária em São Paulo afirma que 95% das ocorrências relacionadas ao apagão foram provocadas por quedas de árvore. Lins defende seja feito um mapeamento das árvores de São Paulo e da situação em que elas se encontram para evitar quedas como estas.
“A gente precisa juntar forças com esses municípios. Fazer um cadastramento [das árvores]”, disse o executivo.
Max Lins afirmou que a Enel teve que substituir 100 km de cabos elétricos de alta tensão desde sexta-feira. O presidente da entidade informou que mais de 200 postes foram danificados, e transformadores, afetados.
Lins disse, ainda, que todo o efetivo da concessionária está empenhado em resolver o problema que ainda assola milhares de paulistas. “Temos 400 caminhões e 1.200 equipes em operação.”
As cidades com mais clientes prejudicados pelo apagão neste momento são a capital paulista, Embu das Artes e Cotia.