Ao lado de Nunes, Tarcísio prega “voto útil” contra Boulos e Marçal
Na reta final da campanha, prefeito busca plateia de aliados e governador afirma que apenas Nunes pode vencer adversários no segundo turno
atualizado
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São Paulo — Preocupado com a possibilidade de Pablo Marçal (PRTB) crescer na reta final da eleição à Prefeitura de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) apelou ao “voto útil” no prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), considerando que apenas o emedebista pode derrotar o candidato de esquerda, Guilherme Boulos (PSol).
Tarcísio acompanhou Nunes na única agenda pública de campanha desta terça-feira (1º/10), que reuniu uma plateia de apoiadores tradicionais de seu governo no Bar Brahma, localizado na famosa esquina das Avenidas Ipiranga e São João, no centro, que foi alvo de um arrastão no ano passado. Antes de Nunes discursar, um grupo de empresários e líderes comunitários da região elogiou a gestão do prefeito.
Nunes, contudo, fez um discurso mais genérico para esse público, destacando obras de drenagem na periferia, a saúde financeira da cidade e a garantia de vaga para todas as crianças em creches. Coube a Tarcísio enfatizar a parceria com a prefeitura para aumentar o policiamento na região, já que a segurança pública é a principal preocupação daquela plateia.
Tarcísio mencionou o programa Smart Sampa, de responsabilidade da prefeitura, e falou sobre a instalação de mais unidades policiais na área. No final, sem citar diretamente os nomes de Marçal ou Boulos, o governador reforçou que Nunes “vence todos os outros” no segundo turno e pediu o empenho dos presentes para garantir votos ao prefeito.
“Temos que ter isso muito claro na hora de escolher [o voto]. É o Ricardo quem vence a eleição em todos os cenários. Se queremos ter certeza de que um determinado grupo antagônico não estará à frente da Prefeitura, o voto certo e seguro é o Ricardo”, declarou o governador.
Ao conversar com jornalistas após o evento, Nunes explicou que optou por um discurso mais abrangente, sem focar nas ações específicas para o centro da cidade, que agradariam mais àquele público. Ele considerou necessário “catequizar” esses aliados para que pudessem divulgar as realizações da Prefeitura a outros setores.