Andréa Nóbrega é acusada de dar calote de quase R$ 50 mil em advogados
Andréa é alvo de 2 processos por valores não pagos a advogados contratados para defendê-la. Atriz diz que serviços não foram completos
atualizado
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São Paulo — A apresentadora e atriz Andréa Nóbrega é alvo de dois processos distintos movidos pelos seus ex-advogados Eduardo Augusto Alves Santana e Gabriel Martins Ribeiro Calze. Ao todo, os profissionais pedem o pagamento de mais de R$ 47 mil.
Andréa é ex-mulher do apresentador e humorista Carlos Alberto de Nóbrega.
O Metrópoles teve acesso aos dois processos, ambos ações de execução por valores não pagos aos profissionais contratados para defendê-la em duas causas trabalhistas movidas por ex-cuidadoras de sua mãe.
Em uma dessas causas trabalhistas, Andréa não tinha a documentação necessária para se defender e os advogados recomendaram que a cliente fizesse um acordo. A Justiça de São Paulo condenou a socialite em um desses processos trabalhistas.
Entenda o caso
Em 2022, os advogados foram contratados pelo valor de R$ 26 mil cujo pagamento seria feito em 13 parcelas iguais de R$ 2 mil. Os profissionais dizem que Andréa não realizou o pagamento e, após tentativas extrajudiciais, eles ingressaram na Justiça. O cálculo dos honorários, atualizado em dezembro de 2023, é de R$ 33.701,14.
Um dos processos onde seus ex-advogados atuaram foi o da cuidadora Gerusa Cardoso Rosendo. Ela alegava que não tinha contrato de trabalho, seus intervalos eram de 20 a 40 minutos, entrada na segunda, às 8h30, e saída no sábado, às 8h30. A ação de Gerusa foi cadastrada como trabalho escravo no sistema judiciário. O juiz julgou, entre outras reclamações, o dano moral. A sugestão do juízo foi de R$50 mil.
“Está visto que a reclamada submeteu a trabalhadora a condição degradante. Nesse caso, terá a trabalhadora sofrido indevida perturbação no âmbito dos direitos de personalidade (dignidade, autoestima, segurança, tranquilidade), resultante do desrespeito, e do descaso da empregadora”, diz trecho da sentença.
Segundo a sentença, a rotina de trabalho a privou do convívio social com seus familiares e amigos e cerceou seus momentos de lazer e descanso, prejudicando seu desenvolvimento pessoal e comprometendo a realização de seus projetos, em função das renúncias diárias que eram feitas em razão do trabalho.
O segundo processo, pelos honorários do trabalho dos advogados em defesa de Andréa na ação movida por uma segunda trabalhadora, é de R$ 14 mil. Nesse caso, os profissionais dizem que a cliente pagou duas parcelas do que havia sido acordado e deixou de pagar o restante.
As ações correm separadamente.
Procurado pelo Metrópoles, o atual advogado de Andréa Nóbrega, Luiz Fernando Gelezov, disse que os antigos advogados cobram a totalidade dos serviços pactuados embora tenham sido substituídos logo após a sentença. “Os serviços não foram realizados na sua totalidade, não sendo devido o valor cobrado, assim, o procedimento de cobrança não é o adequado”, explica.
Sobre a ação movida por uma ex-cuidadora, a defesa de Andréa Nóbrega confirma que a jornada de trabalho era de segunda-feira às 8h até sábado, às 8h. “O salário médio de uma cuidadora é de R$ 1.800,00, é certo de que Sra. Andrea Nobrega combinou, em decorrência da jornada, o pagamento de R$ 5.000,00 mensais. Sra. Andrea Nobrega foi mal orientada, já que houve promessa de emissão de nota fiscal dos serviços, o que não ocorreu”, afirma.
Gelezov diz que existe um processo criminal contra a ex-funcionária por maus tratos e agressões contra a mãe de Andréa, que era atendida pela cuidadora.