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André Mendonça procura PT para tentar emplacar aliado no TCE em SP

Tido como o ministro “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro, André Mendonça busca apoio da bancada do PT na Alesp para indicar nome ao TCE

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André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal- Metrópoles
1 de 1 André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal- Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado ao posto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), procurou dirigentes do PT para tentar emplacar a indicação do advogado Maxwell Borges de Moura Vieira para uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP).

Mendonça, apontado como o ministro “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro, pediu que a direção do PT paulista recebesse Maxwell, conhecido como Max, e considerasse apoiar a candidatura dele para a próxima vaga no TCE, que abrirá em setembro com a aposentadoria do conselheiro Edgard Camargo Rodrigues.

A próxima vaga na Corte será escolhida por indicação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde candidatos têm circulado, durante o mês de agosto, em campanha aberta pelo apoio dos deputados.

Max foi diretor do Detran paulista entre 2017 e 2019, nos governos do PSDB, e diretor da Telebras durante o governo Bolsonaro. Aos petistas, Mendonça argumentou que se trata de um nome técnico.

Mendonça pediu ajuda a Tarcísio

O ministro também procurou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pedir apoio à indicação de Max. Embora a escolha caiba à Alesp, a decisão de Tarcísio tem peso no processo.

A interlocutores, Mendonça disse que, ainda durante a campanha eleitoral de 2022, Tarcísio havia se colocado à disposição para receber indicações e conselhos do ministro do STF caso fosse eleito.

Entre pessoas próximas ao ministro, o nome de Max é tratado não apenas como uma indicação pessoal, mas também como um aceno ao segmento evangélico – Mendonça é presbiteriano e mantém laços próximos com grupos evangélicos que buscam representação nos Três Poderes.

A diferença do voto petista

O apoio da bancada formada pela federação entre PT e PCdoB é visto por candidatos como fundamental por se tratar da segunda maior da Alesp. Juntos, os partidos somam 19 deputados, mesma quantidade do PL, sigla com mais deputados na Casa.

Embora o PL já conte com assinaturas de ao menos 16 de seus deputados para indicar deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), favorito à vaga, o PT ainda não manifestou publicamente quem deve apoiar. A decisão deve ser tomada na terça-feira (29/8), após reunião da bancada petista na Assembleia.

Bertaiolli tem a candidatura apadrinhada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e por Gilberto Kassab (PSD), secretário de Governo de Tarcísio. Na semana passada, o presidente da Alesp, André do Prado (PL), esvaziou uma reunião no gabinete da liderança petista para discutir um eventual apoio à indicação do deputado estadual Ricardo Madalena (PL).

Reservadamente, deputados petistas disseram achar difícil indicar outro nome que não o de Bertaiolli, mesmo que a preferência do partido seja por um parlamentar da atual legislatura.

Os petistas já receberam sinais da cúpula nacional para “pegar leve” com o governo Tarcísio na Alesp, já que o Republicanos, partido do governador, está prestes a emplacar um deputado em um dos ministérios de Lula. Além disso, o PSD, partido de Bertaiolli, também integra a base governista no Congresso Nacional, com três ministros no governo federal.

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