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“Pessoa incrível”, diz amigo de vítima morta em tiroteio no aeroporto

Colega de motorista baleado no aeroporto na sexta (8/11) diz que vítima era muito próxima à família e “se dava bem com todo mundo”

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1 de 1 imagem colorida mostra homem admirando paisagem. ele veste uma blusa de frio branca, uma camiseta preta com estampa verde, usa óculos escuros e está cercado por um campo -metrópoles - Foto: Reprodução / Redes Sociais

São Paulo – O motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, atingido durante o tiroteio no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, morreu neste sábado (9/11) no Hospital Geral de Guarulhos. Ele deixa a esposa e três filhos. Em luto, o amigo dele Vinícius Bernardi, de 34 anos, conversou com o Metrópoles e disse que o colega era uma “pessoa incrível”.

“O Celso era uma pessoa incrível, bem familiar. Hoje em dia tem gente que é pai só na frente da assistente social, mas ele não”, afirmou Vinícius, mencionando a relação forte do colega com a família. Ele conta que o amigo era brincalhão e “se dava bem com todo mundo”. “Era difícil ver uma pessoa que não gostasse dele. Onde ele ia ele fazia amizade fácil”.

Os dois se conheceram em  2016 quando trabalhavam como motoristas de aplicativos. Vinícius diz que, com o tempo, eles decidiram fazer corridas particulares, para clientes conhecidos. Celso virou, então, microempreendedor individual (MEI). Na sexta-feira (8/11), ele estava no aeroporto como motorista particular quando foi baleado em meio ao tiroteio.

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Celso Araújo trabalhava como motorista
Celso Araújo trabalhava como motorista particular. Ele deixa a esposa e três filhos
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Vítima de tiroteio no Aeroporto de Guarulhos morreu no Hospital Geral da cidade

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Celso Araújo trabalhava como motorista particular. Ele deixa a esposa e três filhos

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Segundo Vinícius, o colega chegou a passar por uma cirurgia no Hospital Geral de Guarulhos, mas não resistiu aos ferimentos. Ele e outros amigos do motorista estão fazendo uma vaquinha para ajudar a pagar os custos do funeral e dar apoio financeiro à família.

Neste domingo (10/11), a esposa de Celso, Simone Fernandes, comentou uma publicação sobre ele nas redes sociais e prometeu zelar pelos filhos do casal: “Meu amor foi embora. Vou cuidar dos nossos filhos, amor”, disse a mulher.

Alvo marcado

O tiroteio em Guarulhos tinha como alvo Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos. O empresário era suspeito de mandar matar dois integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. Ele chegou a ficar preso, mas ganhou liberdade condicional em junho de 2023 e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Como mostrou o Metrópoles, Gritzbach fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), homologado pela Justiça neste ano. Em seu relato, ele fala sobre lavagem de dinheiro para personagens como Cara Preta e Claudio Marcos de Almeida, o Django. Eles foram sócios da empresa de ônibus UpBus, que opera linhas na zona leste da capital e está sob intervenção da Prefeitura paulistana após ter sido alvo de operação por suposta ligação com o PCC.

Nessa sexta, ele voltava de uma viagem com a namorada quando foi surpreendido pela emboscada no aeroporto. A execução foi filmada pelas câmeras de segurança do local.

Pânico em Guarulhos

As imagens mostram o momento em que um carro para na área de desembarque, dois homens encapuzados descem do veículo, vestindo coletes à prova de balas e portando fuzis. Assim que o empresário se aproxima, os assassinos começam a atirar. São 29 disparos, segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles. Pelo menos um deles atingiu o rosto de Gritzbach. O tiroteio provocou pânico e correria entre os passageiros e frequentadores do aeroporto.

Veja o vídeo com o momento em que o empresário é atingido à queima roupa:

Os atiradores entram no carro e fogem do local. Pouco depois, o veículo utilizado no crime foi localizado pela Polícia Militar.

Até a publicação desta reportagem, os suspeitos de cometer o crime não tinham sido presos. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, e pela Polícia Federal.

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