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Polícia tem suspeito, mas não sabe motivação de facadas em pai e filha

O vendedor ambulante Ezequiel Alves Araújo de Almeida, 39, é suspeito de matar a facadas o aposentado de 77 anos e tentar matar filha dele

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Foto colorida de jovem mulher abraçando idoso, de cavanhaque branco. NO destaque, extrema esquerda, retrato de homem pardo de barba e careca - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de jovem mulher abraçando idoso, de cavanhaque branco. NO destaque, extrema esquerda, retrato de homem pardo de barba e careca - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – O vendedor ambulante Ezequiel Alves Araújo de Almeida, de 39 anos, é apontado pela polícia como o principal suspeito de esfaquear 12 vezes a nutricionista Alessandra Alves dos Anjos, 36, e de matar o pai dela, José Edvaldo Alves dos Anjos, 77, no fim da tarde dessa terça-feira (30/7), na casa das vítimas, no bairro de Pedreira, zona sul de São Paulo.

A nutricionista sobreviveu e foi internada, em estado grave, no Hospital São Luiz.

O suposto assassino foi visto pela última vez quando foi à casa da mãe, por volta das 21h do mesmo dia, com ambas as mãos feridas com cortes. Ele não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.

O homem é ex-namorado de uma esteticista de 44 anos que vive em um cômodo na parte externa da casa das vítimas. Ela tinha contato com a família porque havia namorado o irmão da nutricionista, filho do homem esfaqueado.

A esteticista já havia registrado boletins de ocorrência contra o suspeito em fevereiro deste ano. Em um eles, ela afirma que o ambulante “sempre” anda com um canivete, “na cintura”.

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Ambulante é principal suspeito pelo crime
Aposentado José Edvaldo Alves de Araújo, de 77 anos
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Aposentado foi morto em casa, com facadas no peito

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Ambulante é principal suspeito pelo crime

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Aposentado José Edvaldo Alves de Araújo, de 77 anos

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O ambulante teria telefonado para a mulher de 44 anos no dia do crime, perguntando se ela estava em casa. A mulher disse que não.

Uma testemunha sigilosa, já ouvida pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), reconheceu uma foto de Ezequiel como a pessoa vista perambulando na rua da casa das vítimas, pouco antes do crime, ocorrido por volta das 18h.

Violência e ameaça

A esteticista registrou, em fevereiro deste ano, dois boletins de ocorrência contra o vendedor ambulante.

Em 14 de fevereiro, ela contou que dormia na casa de Ezequiel, na região de Sapopemba, zona sul, quando foi repentinamente acordada na madrugada. O namorado ordenou que ela fosse embora naquele momento.

“Falei, o que está acontecendo? Ele se alterou. Me tirou da cama, me pegando pelo pescoço. Fiquei muito assustada, então só me vesti e saí. Ele não deixou eu pegar minhas coisas”, afirmou a vítima na ocasião.

“Tenho medo dele”

Quatro dias depois, ela enviou um e-mail para Ezequiel, pedindo de volta os itens que ficaram na casa do ambulante. Sem resposta, resolveu telefonar, em 19/2. Na ligação, Ezequiel afirmou que havia jogado tudo fora.

A vítima também perdeu R$ 400, supostamente furtados pelo ex-namorado. Ela afirmou que o suspeito já teria tentado usar o cartão de crédito dela, sem consentimento, em compras on-line.

Na polícia, a esteticista afirmou temer por sua vida.

“Tenho medo dele, porque ele irá me perseguir nos lugares que frequento. Ele vive com um canivete e falou que ia usá-lo contra mim.”

Rastro de sangue

A polícia investiga o que teria motivado o assassinato de José e a tentativa de homicídio da nutricionista. Após o crime, ela ainda conseguiu ligar para a Polícia Militar, pedindo socorro. Antes disso, fez uma chamada de vídeo, para familiares, também pedindo ajuda.

Quando chegaram à casa, os PMs encontraram Alessandra caída, na entrada da cozinha, muito ensanguentada, mas ainda consciente. Ela, com dificuldade, afirmou que o criminoso, que não conhecia, estaria no pavimento superior da residência.

No fim das escadas, os policiais encontraram José, inconsciente, caído no chão. Havia sangue “em todo o ambiente”. A morte dele foi constatada minutos depois por socorristas.

Investigadores identificaram marcas de sangue também no corredor que dá acesso ao quarto da ex-namorada de Ezequiel, na parte externa do imóvel. Os policiais levantaram que, no momento do crime, somente pai e filha estavam na residência.

Tentativa de atropelamento e tiros

Quando policiais foram à rua onde mora Ezequiel, o condutor de um Citroën preto, cujas placas não foram anotadas, acelerou, aparentemente tentando fugir, e colidiu contra um carro estacionado.

Um investigador deu ordem de parada e o suspeito, acompanhado de uma mulher, jogou o carro para cima do policial, tentando atropelá-lo. “Em ato de reflexo”, o policial sacou sua arma e atirou três vezes contra o veículo, que fugiu do local.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou, nesta quarta-feira (31/7), que Ezequiel é investigado “por envolvimento no crime” e que “os trabalhos prosseguem para elucidar o caso”.

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