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Alunos e pais relatam rotina de brigas em escola alvo de atentado

Alunos, pais, vizinhos e funcionários da Escola Estadual Thomazia Montoro, em Vila Sônia, zona oeste de SP, fazem vigília nesta terça (28)

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Imagem colorida mostra estudantes fazendo vigília na Escola Estadual Thomazia Montoro - metropoloes
1 de 1 Imagem colorida mostra estudantes fazendo vigília na Escola Estadual Thomazia Montoro - metropoloes - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Alunos, pais, vizinhos e funcionários da Escola Estadual Thomazia Montoro, em Vila Sônia, zona oeste de SP, fazem nesta terça-feira (28/3) vigília na porta da unidade de ensino. Nessa segunda (27), um aluno de 13 anos matou uma professora e deixou quatro pessoas feridas em um ataque à faca.

O clima é de indignação. Pais e alunos reclamam que já haviam alertado a escola e pedido para acionar a polícia por causa das brigas entre estudantes.

Duas alunas do 6º ano contaram ao Metrópoles que os embates eram constantes. Segundo elas, na semana passada o colégio teria registrado pelo menos cinco episódios de briga. Em um deles, uma aluna do 8º ano ameaçou cortar o cabelo de uma colega com uma tesoura, em razão de um desentendimento anterior.

Segundo elas, que não foram identificadas por serem menores, a menina ameaçou chamar as amigas para dar uma surra na adversária. “Aqui é sempre assim, se cria problema com um, cria problema com o bonde. Normalmente, eles levam para a diretoria e o assunto morre”, contaram.

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Cartaz em homenagem à professora morta na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo
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Estudantes fizeram vigília nesta terça-feira (28/3), em frente à Escola Estadual Thomazia Montoro

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Cartaz em homenagem à professora morta na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo

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Estudantes fazem vigília nesta manhã de terça-feira (28), na Escola Estadual Thomazia Montoro-03

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Estudantes fizeram vigília nesta terça-feira (28/3), em frente à Escola Estadual Thomazia Montoro

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Marcus Vinícius Reis, delegado do 34 DP, entra na escola

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Pais também afirmaram que já haviam pedido medidas à diretoria da escola. Maria das Graças, mãe de um aluno, disse em entrevista ao programa Encontro, que temia desde o ano passado que uma tragédia pudesse ocorrer por conta de “brigas pesadas”.

Ela disse que alertou a direção da escola diversas vezes. “Cada briga que tinha eu ligava para ver se a gente conseguia ajudar as crianças. Cheguei a ligar e pedir para que fosse colocado a polícia lá dentro, pelo menos três vezes por semana”, contou.

Maria José Fernandes, mãe de uma estudante de 13 anos da escola, disse que colégio poderia ter evitado o ataque.

Uma aluna de 12 anos disse que não quer voltar para a escola, que tem medo: “Na hora do ataque, eu só consegui ouvir a gritaria. Não dava para sair correndo. Eu ia sair correndo para onde? A gente fechou a porta e colocou as carteiras na frente. Várias pessoas se esconderam embaixo das carteiras.”

Jorsany Gabriella, mãe de um aluno, cobrou também dos pais o dever de acompanhar os filhos e notar qualquer sintoma de agressividade.

Ataque

Pelo que se sabe, até o momento, uma briga na semana passada teria sido a motivação para o ataque realizado pelo adolescente de 13 anos, que resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos,  e ferimentos em quatro pessoas.

Segundo pais de estudantes, a professora teria apartado uma briga entre o adolescente que a matou e outro estudante, e por isso se tornou alvo do agressor.

O aluno agressor foi apreendido, prestou depoimento e está na Fundação Casa, aguardando audiência de custódia.

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