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Aluno que atirou na escola pegou arma e munição na casa do pai

Segundo a Polícia Civil, arma e a munição estavam guardadas em locais distintos da casa e o jovem precisou “vasculhar” cômodos para achar

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1 de 1 foto colorida da fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros com arma de fogo deixou aluna morta - Metrópoles - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo – O adolescente responsável pelo ataque na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, pegou a arma e a munição usadas no crime na casa do pai, no ABC Paulista, na região metropolitana, durante o final de semana.

Os pais do jovem são separados. Segundo a Polícia Civil, a arma e a munição estavam guardadas em locais distintos da casa e o jovem precisou “vasculhar” os cômodos para encontrá-la.

O armamento estava registrado desde 1994. O pai do adolescente ainda não foi ouvido pela Polícia. Além do estudante, as autoridades também investigam a participação indireta de outros suspeitos.

Ameaça e rotina de agressões

O adolescente que praticou o ataque a uma escola estadual de Sapopemba registrou boletim de ocorrência de ameaça e lesão corporal seis meses antes do atentado. Vídeo obtido pelo Metrópoles mostra agressão sofrida pelo jovem dentro da sala de aula (veja abaixo).

O ataque desta segunda-feira deixou uma aluna de 17 anos morta e três estudantes feridos. Um segundo suspeito, de acordo com a polícia, está foragido.

A investigação aponta que o adolescente de 16 anos contou à mãe, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais.

Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba, a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira (vídeo acima).

O Metrópoles localizou dois registros, em vídeo, nos quais o adolescente é agredido. Um deles seria do caso registrado no B.O. Já o outro ocorreu no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.

Segundo alunos da escola, o adolescente era alvo de bullying por ser homossexual. Esse teria sido o motivo para o ataque desta segunda-feira.

Grupos rivais

Em alguns vídeos postados no TikTok e Instagram, o adolescente aparece chorando após sofrer violência física. As redes sociais eram usadas por ele, seus seguidores e um grupo rival para alimentar as desavenças entre os jovens.

De acordo com o registro da ocorrência, “a vítima [autor do ataque] tem muitas visualizações de tudo o que lhe acontece”. Além disso, segundo o B.O., “as agressões sofridas pela vítima se generalizaram na internet, e foi percebido que os agressores ganharam muitos seguidores”. Por fim, o estudante diz à polícia que “teme por sua integridade física e que as ameaças se espalhem”.

Segundo a família do adolescente, o Conselho Tutelar e a Diretoria de Ensino foram procurados na ocasião da denúncia. Acionada, a Secretaria de Estado da Educação não se manifestou. O espaço está aberto.

O ataque

Uma aluna de 17 anos morreu e dois estudantes ficaram feridos nesta segunda-feira. Um quarto jovem se machucou ao cair enquanto tentava fugir.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

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“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: ‘Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa’”, disse um aluno ouvido pelo Metrópoles.

“Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair. Saímos correndo, batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, contou o estudante.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

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