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Aluno apreendido sofria bullying e teria anunciado ataque em escola

Aluno detido sofria bulllying por ser gay, segundo alunos da Escola Estadual Sapopemba; outros três suspeitos estariam envolvidos no ataque

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1 de 1 foto colorida de movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta - Metrópoles - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — O aluno autor do ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma garota morta e duas pessoas feridas, sofria bullying e teria avisado sobre o atentado há duas semanas, conforme estudantes da unidade relataram ao Metrópoles. O adolescente tem 16 anos e foi apreendido pela Polícia Militar (PM) na manhã desta segunda-feira (23/10).

Os estudantes ainda disseram que seriam pelo menos quatro os autores do ataque, que também sofriam bullying. Segundo informações iniciais da PM, um suspeito está foragido.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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De acordo com alunos, os supostos autores eram um estudante gay — que foi detido —, uma aluna lésbica e outros dois estudantes que seriam tímidos e excluídos. Essas características seriam os motivos do bullying, segundo eles.

“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou, disse uma aluna ao Metrópoles. O suspeito era famoso por publicar vídeos nas redes sociais, afirmou a estudante.

Uma vizinha do atirador falou sobre o bullying que o garoto sofria (veja abaixo). Ela também contou que ele era constantemente agredido em sala de aula.

Ataque

“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: “Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa”. Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair”, disse um aluno ao Metrópoles.

“Saímos correndo batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, disse outro aluno. Segundo ele, tudo aconteceu no 2º andar, começando na sala do 1º E.

Uma professora do primeiro ano do ensino médio afirmou que, logo após conseguir levar seus alunos para fora da escola, teve acesso a um vídeo no qual o suspeito do ataque aparece sendo vítima de violência física em sala de aula.

“Ele era vítima de bullying, com base nesses vídeos. Tanto que o ataque, pelo que me falaram, começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, afirmou a educadora, que pediu para não ter o nome publicado.

Ela afirmou ao Metrópoles ter ouvido ao menos cinco disparos enquanto se preparava para começar seu dia de trabalho.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, chegou ao local por volta de 9h30.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

“Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba. Um deles se machucou ao tentar fugir durante o ataque”, disse o governo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), falou sobre o crime nas redes sociais. “Há pouco, um ataque com arma de fogo atingiu três inocentes numa escola estadual em Sapopemba. Infelizmente, tivemos a confirmação de uma morte. Meus sentimentos aos amigos e familiares neste momento de dor. Torço pela pronta recuperação dos feridos socorridos ao hospital do bairro. A Polícia já prendeu o atirador. Estou em contato com o Estado para oferecer o suporte necessário”, postou.

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