Aluna da USP é condenada a 5 anos por desviar R$ 1 milhão da formatura
Tribunal de Justiça de São Paulo condenou aluna de medicina por estelionato no regime semiaberto; ainda cabe recurso da decisão
atualizado
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São Paulo – A Justiça paulista condenou, por estelionato, a estudante Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, após ela confessar ter desviado quase R$ 1 milhão do fundo da formatura de seus colegas do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A pena de cinco anos fixada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) deve ser cumprida em regime semiaberto. Como cabe recurso, a jovem responde ao caso em liberdade. A defesa dela não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.
Na decisão, divulgada nesta terça-feira (2/7), o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), afirma que Alicia se aproveitou da condição de presidente da comissão de formatura “a fim de obter lucro para si”.
“Ela traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma”.
A ré desviou R$ 927 mil, que foram arrecadados por dezenas de colegas da USP para serem investidos na formatura deles.
De acordo com o processo do caso, Alicia exigiu que a empresa organizadora da festa transferisse os depósitos, feitos pelos outros estudantes, para a conta bancária pessoal dela, omitindo isso dos colegas.
Ela usou o dinheiro para comprar eletrônicos, pagar aluguel de veículo, além de custear estadias e investimentos financeiros.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), os desvios foram feitos entre os dias 25 de novembro e 20 de dezembro de 2022. A aluna foi denunciada por oito crimes consumados de estelionato, além da tentativa frustrada na lotérica.
Fraude em loteria
Como mostrado pelo Metrópoles, a estudante tornou-se ré pela segunda vez após a Justiça paulista aceitar a denúncia de fraude no pagamento de bilhetes de loteria, em São Paulo.
A denúncia do MPSP foi recebida em 29 de novembro do ano passado e foi confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJSP) somente em 26 de abril deste ano. O processo tramita em segredo de justiça.
A funcionária do estabelecimento já havia formalizado apostas no valor R$ 193,8 mil quando desconfiou da estudante. Alicia havia feito apenas um agendamento da quantia, com valor mil vezes menor que o das apostas realizadas.